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Enviada em: 20/10/2018

Promulgada pela República Federativa do Brasil em 1988, a constituição garante a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Hodiernamente no país, entretanto, a violência perpetrada nos estádios evidencia um problema que inviabiliza a obtenção plena desse direito na prática. Nesse sentido, é imprescindível analisar que essa problemática relaciona-se não somente com aspectos educacionais, como também sociais da contemporaneidade.       É indubitável que a educação, no Brasil, é um fator preponderante na manutenção desse impasse. Segundo Helen Keller, escritora norte-americana, o resultado mais sublime da educação é a tolerância. Por esse aspecto, a ausência de um ensino escolar de qualidade que estimule a obtenção de boas relações sociais por meio do esporte corrobora, relevantemente, a perpetuação de ojerizas, bem como atos de violência nos estádios, visto que o adversário é colocado, diversas vezes, como inimigo e não como indivíduo.        Faz-se mister, ainda, salientar a esfera social como impulsionadora da propagação de violência nos estádios. Conforme Durkheim, sociólogo francês, a coletividade influencia a maneira de agir e de pensar dos indivíduos. Dessa forma, é de se esperar que a criança que vive em um contexto no qual as pessoas adotam um comportamento violento acerca do esporte tenderá, também, a fazer parte dessa problemática. Nesse contexto, a ocorrência de brigas nos estádios é, deploravelmente, perpetrada na sociedade contemporânea, haja vista que, pela ausência de medidas educacionais, esse impasse permanece em voga na sociedade.       Medidas são necessárias, portanto, para alterar esse cenário nefasto e mitigar os danos causados pela violência nos estádios brasileiros. Destarte, urge que o Ministério da Educação promova a redução de brigas e desentendimentos nos ambientes esportivos, por meio da implementação na grade curricular das instituições de ensino de palestras elucidativas, com a participação de sociólogos e psicólogos, que possam informar, bem como instruir os indivíduos acerca da importância de se respeitar o outro, bem como de não praticar atos de violência para o bem-estar social. Dessa maneira, será possível constituir uma nação que garanta mais qualidade de vida aos cidadãos e siga, de maneira mais eficiente, as prerrogativas da Constituição Federal de 1988.