Materiais:
Enviada em: 08/07/2019

O famoso The Old Firm, como é chamado o clássico entre os times escoceses Ranger e Celtic, corresponde a uma das maiores rivalidades futebolísticas do mundo. Esse fato resulta em muitas brigas e confusões, desrespeitando os Direitos Humanos. No Brasil, essa realidade não se difere muito, o idolatrismo ao time, juntamente com o nacionalismo exacerbado, tornam os estádios em focos de agressões físicas e morais, exigindo mudanças.        Em primeira análise, cabe ressaltar que desde a Idade Média, os atos de violência são associados à manifestações de imposição e poder. Nessa perspectiva, esse ideal ainda persiste no pensamento de muitas pessoas até a atualidade, o que estende-se para dentro dos estádios de futebol brasileiros. Desse modo, a ideia de inimizade entre times opostos, impulsionada pela mídia, tem função primordial para a construção do sentimento de ódio ao time rival, corrompendo a pacificidade dos estádios brasileiros. Um exemplo disso, são as torcidas organizadas, cuja inicial intuito era apenas a associação de torcedores de um determinado clube esportivo, e que, hoje em dia, são sinônimos de violência devido às atitudes terroristas realizadas por "bandidos disfarçados de torcedores", como nomeados pelo jornalista Ivo Rosalem em um de seus discursos sobre o tema.       Em segunda análise, segundo o filósofo francês Denis Diderot: "Do fanatismo à barbárie, não há mais do que um passo". Análogo a esse conceito, a partir do momento que os direitos de torcida e diversão são convertidos em discursos de ódio e imoralidade, provocados pela idolatria, esse esporte deixa de ter a função de entretenimento social. Consequentemente, esse fato afasta dos estádios, gradativamente, os torcedores pacíficos, principalmente mulheres, devido as noções históricas de mulher como sexo frágil e esportes para homens, que por medo e insegurança, decidem não assistir os jogos presencialmente, reafirmando a ideia de “Futebol para poucos.”, o que torna os estádios  impulsionadores de preconceito e machismo no esporte.       Portanto, medidas são necessárias para a resolução da problemática abordada. Recomenda-se que o Ministério da Educação, juntamente com a mídia esportiva, promova um campanha nas redes sociais e nos meios televisivos sobre a violência em estádios brasileiros, informando dados estatísticos sobre o assunto, além de mostrar as consequências dessas agressões e a importância de manter a pacificidade dentro desses ambientes. Ademais, se faz necessário que a Secretária Nacional de Segurança Pública promova um maior policiamento nas ruas e áreas ao redor dos estádios, principalmente em dias de clássico e jogos importantes. Assim, o espetáculo futebolístico poderá ser aproveitado da melhor maneira pelos verdadeiros torcedores brasileiros.