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Enviada em: 13/08/2019

Desde a Roma Antiga, os atos de violência eram praticados pela civilização no eixo esportivo. O famigerado pão e circo, do Coliseu romano, proporcionava à população cenas de brutalidade nos jogos  entre os gladiadores, que eram justificadas culturalmente. No entanto, mesmo após séculos depois e grandes avanços na sociedade hodierna, bem como os direitos humanos, o ódio ainda é disseminado por vários brasileiros nos estádios de futebol. Essa realidade se faz presente devido principalmente ao fanatismo exacerbado sobre os times e a falta de respeito para com as torcidas adversárias.     Desde cedo, a paixão pelo time de futebol é impulsionada por muitas famílias, incluindo a mídia. Contudo, o sentimentalismo exagerado leva diversas pessoas a encararem uma partida como um verdadeiro combate. Deste modo, tem se a formação de torcidas organizadas que se unem em sua maioria com o intuito de atacar o adversário. Segundo pesquisas feitas pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Maurício Murad, com base em dados noticiados entre os anos de 1999 e 2008, o Brasil lidera o ranking mundial de mortes em jogos de futebol, o que totalizam 42 óbitos nos últimos 10 anos. Diante dessas condições, é possível analisar como consequência a vida em risco de centenas de pessoas e famílias que pretendem assistir aos jogos pacificamente,apenas como diversão.       Além disso, a violência dentro dos estádios se manifesta de inúmeras formas e não apenas força física, mas também por discursos de ódio e xingamentos saturados de preconceitos, em que o desrespeito impera sobre a razão. A exemplo desta situação, em um clássico entre o Atlético Mineiro e o Cruzeiro, em janeiro de 2018, nas arquibancadas do estádio do Mineirão, cantos homofóbicos foram entoados por parte da torcida atleticana. Além desse, outro caso de grande repercussão, ocorreu em 2014, na partida entre Grêmio e Santos, as câmeras flagraram uma torcedora gremista soar gritos racistas contra um dos goleiros, ela foi indiciada por injúria racial.      Logo, para sanar a problemática, medidas devem ser realizadas. Como disse Benedetto Croce, a violência nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. Assim sendo, é imprescindível que a Prefeitura de cada município do país, que possua estádios, junte-se à polícia e aos times locais e promovam fiscalizações e campanhas anti-violência nos estádios e em seus arredores, por meio da distribuição de panfletos - que induzem o respeito - nas entradas dos jogos, além dos próprios jogadores fazerem um breve alerta dentro de campo utilizando bandeiras que dizem não a violência, para que a torcida possa se conscientizar. Ademais, cabe a mídia - esta como difusora de informações - divulgar essas campanhas diariamente e não apenas em dias de jogos, a fim e combater o impasse e permitir que