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Enviada em: 28/04/2017

Desde a Idade Média, atos de violência estavam relacionados a manifestações de poder. Diante disso, os jogos entre gladiadores que lutavam no Coliseu, em Roma, levavam ao público a afeição à brutalidade e a justificativa estava baseada nos valores culturais. Contudo, após séculos de avanços e proteção aos direitos humanos, ainda é notório reflexos de competição e violência nos estádios brasileiros.      Em primeiro lugar, é valido salientar que a mídia impulsiona a valorização do sentimentalismo aos times e, pode até mesmo ajudar a converter a paixão do futebol em um estilo de vida. Entretanto, o que se percebe é que os torcedores adotam uma postura errônea e encaram as partidas como um verdadeiro combate. Dessa forma, cria-se um nacionalismo imperativo, ou seja, vê-se o time e a torcida adversária como inimigos, vide as torcidas organizadas. Essas por sua vez fazem uso de agressões representando uma supremacia de um time sobre o outro.      Ademais, a impunidade favorece o contínuo desrespeito àqueles que vão apenas para assistir as partidas e, até mesmo, tira a visão do esporte como forma de inclusão social. Prova disso, é que o Brasil lidera o ranking entre os países que contém mais mortes em estádios de futebol, comprovando a ineficácia da segurança nesses locais, visto que, na maioria das vezes os agressores não são identificados ou não recebem advertências.      Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Sendo assim, o Governo em parceria com o Poder Público deve reforçar a segurança dos estádios por meio do cadastramento dos torcedores, uso de reforço policial e expulsão temporária aos que desviam da pacificidade entre os jogos. Por fim, a mídia e os clubes podem promover campanhas de conscientização ao público, a fim de que o reflexo arcaico da Idade Média se converta em um coletivismo ético e auxilie a integração social do esporte.