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Enviada em: 27/03/2018

Com os avanços tecnológico e a globalização foi possível criar um amplo mercado que movimenta a economia mundial, pautado no consumo exacerbado da população. Nesse contexto, é evidente que o setor econômico, paralelo às mídias, encontrou no esporte uma forma de alcançar maiores lucros, o que intensifica as violências nos estádios. Isso ocorre não só por uma nova busca de identidade, mas também devido à ausência de estrutura familiar adequada.   A modernidade líquida, segundo Bauman, é caracterizada pela insegurança e constante mudança no cenário social. De fato, a busca pela autocriação da identidade se transformou, uma vez que suas fontes tradicionais, como status profissional e laços familiares, se afrouxaram na modernidade. Seguindo esse parâmetro, a nova busca por identidade se é baseada na influência da mídia na vida dos indivíduos. À vista disso, a mídia impulsiona a valorização do sentimentalismo aos times, o que faz com que a paixão pelo esporte, principalmente o futebol onde a violência é mais presente, se transforme em estilo de vida. No entanto, quando há alguma ameaça a esse mode de viver os indivíduos tendem a apresentar comportamentos mais violentos, na tentativa de demonstrar poder e defender seu time. Isso tudo acarreta a persistência da violência no quadro de realidades brasileiras.   A posição de desvantagem social coloca o ser em uma situação precária, na qual a falta de acesso à recursos básicos, como saúde e educação, caracterizam a realidade vivida por eles diariamente. Com efeito, os pais que residem neste meio social ou que não possuem uma formação básica adequada, tendem a apresentar baixa perspectiva de vida e acabam não tendo tempo, por enfrentar jornadas exaustivas de trabalho, de atender as necessidades de seus filhos. Por conseguinte, esses filhos não são influenciados a buscar uma formação estudantil, uma vez que os pais precisam deles para auxiliar o sustento da casa, o que contribui para que o indivíduo se sinta pressionado e busque nas drogas um caminho para fugir de sua realidade. Como consequência, o ser é exposto a um cenário de constante violência, o que o torna mais agressivo e compulsivo, possibilitando o aumento da violência relacionado ao esporte dentro dos estágios brasileiros, uma vez que seu estado de tranquilidade foi afrontado.    É perceptível a influencia educacional e da mídia na problemática citada. Sendo assim, é necessário que o MEC amplie sua atuação nas regiões desfavorecidas, levando educação e incentivos, por meio de campanhas que mostrem a importância da formação estudantil e a inserção de psicólogos nas escolas e bairros, a fim de aumentar a educação no país e detectar pessoas com tendencias violentas. Além disso, cabe ao Conar interferir nas propagandas, através da fiscalização e punição rigorosa, com intuito de tornar a mídia apenas um veículo de informação e garantir a hamônia da sociedade brasileira.