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Enviada em: 02/05/2017

Segundo o sociólogo Mauricio Murad, o Brasil é o país onde mais morrem torcedores em função de brigas. É notório que os altos índices de violência presentes na sociedade brasileira estendem-se ao estádios de futebol e esse fator é potencializado porque muitos torcedores são estimulados, desde de crianças, a desenvolver o espírito de competição e superioridade    Nesse sentido, percebe-se que a função socializadora e de entretenimento do futebol está comprometida. De fato, os casos de violência verbal ao invariavelmente banalizados e casos de assassinatos e agressões atemorizam os torcedores.Segundo pesquisas, apenas aproximadamente cinco por cento dos indivíduos presentes são responsáveis pelas atitudes hostis. Assim, muitos pais já não vão aos jogos e nem levam seus filhos para esse momento de lazer para não colocar em risco a segurança da família.     Ademais, esse cenário de barbáries,construído culturalmente, é agravado pela ausência de medidas repressivas. Com base na teoria de Émile Durkheim, pode-se dizer que as brigas do futebol são um fato social coercivo e a sanção negativa dada ao comportamento violento não é eficaz para reprimi-los. Pelo contrário, a venda de bebidas alcoólicas ainda estimula o ambiente competitivo       Em suma, a violência nos estádios de futebol precisa ser erradicada. Como já dizia Kant, "O homem é o que a educação faz dele.". Dessa forma, a escola poderia criar torneios esportivos, nos quais os professores intermediassem cada jogo, com intuito de mostrar, por meio do diálogo, a importância do respeito ao time adversário. Já o Legislativo poderia criar propostas de Leis para que os torcedores passem por bafômetros antes de entrarem nas arquibancadas e sejam suspensos por um ano caso estiverem embriagados ou envolverem-se em confusões. Por fim, os clubes poderiam vender camisas dos times com a frase "Futebol e respeito, parceria que dá certo." Quem sabe, assim, haverá paz durante os jogos.