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Enviada em: 05/06/2017

O esporte, seja ele qual for, contribui para a união e interação entre os indivíduos no âmbito social. Todavia, o que acontece no cenário brasileiro é um quadro de violência desmedida, resultando em mortes e agressões de torcedores nos diversos pontos do país. De acordo com o filósofo francês Sartre: “A violência, seja qual for a sua forma de manifestação, é uma derrota.” Sob essa perspectiva, considera-se que o esporte tem sido manchado pelas sucessivas derrotas transparecidas nos atos violentos recorrentes em todo o país.          Apesar de a briga entre torcidas não ser algo exclusivo desta modalidade esportiva, o futebol, de acordo com as estatísticas, é o esporte com maior índice de brigas entre torcedores. Durante os jogos, a polícia militar é responsável pela segurança dentro e aos arredores do estádio, no entanto, nos últimos anos, a atuação dos agentes de segurança pública não inibe a prática violenta entre alguns torcedores. O local de entretenimento familiar e encontro de amigos dá espaço para as cenas de violência, gerando medo e terror aos que estão ali prestigiando e valorizando o esporte.          Recentemente, o Ministério Público do Estado da Bahia, com o intuito de inibir essa onda de violência, recomendou a opção de torcida única nos jogos dos clubes baianos Bahia e Vitória, tendo em vista a morte de um torcedor ocorrida no mês de abril do ano atual, na cidade de Salvador, durante uma partida entre os dois times. A decisão da Confederação Brasileira de Futebol não foi bem recebida pelos torcedores, porém, diante da situação atual, foi o que a CBF decidiu ser mais sensato. Apesar de não ter permanecido como padrão para todos os jogos, tal decisão mostra o ponto extremo em que a falta de respeito ao próximo chegou no meio esportivo.             É imprescindível, portanto, que medidas sejam tomadas com o fito de solucionar este revés. Por parte do governo, destaca-se a necessidade da criação de leis rígidas que regulamentem a entrada e permanência dos torcedores nos estádios, bem como a severa punição aos que praticam crimes ou contravenções dentro deles. É primordial que o indivíduo esteja ciente, por meio de tais leis, das consequências legais em torno de suas ações, para si mesmo e para o clube pelo qual torcer. Salienta-se que os próprios clubes possuem papel importante na conscientização das torcidas a fim de inibir os discursos de ódio entre torcidas rivais, incentivando-os ao convívio pacifico levantando a bandeira da real essência do esporte: integração, união e bem estar físico e mental.