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Enviada em: 17/07/2017

O índice de violência nos estádios brasileiros reverbera um dos problemas pontuais a ser combatido pela sociedade moderna. Para se ter uma ideia dessa situação, basta assistir aos telejornais para ver a quantidade de mortes, vandalismos e outras atrocidades ocorridas durante e após as partidas de futebol. De fato, vários fatores aceleram essa estimativa, destacando-se, na maioria das vezes, a atuação das torcidas organizadas.      Recentemente, constata-se que o número de torcidas organizadas é bastante significativo. Isso não acarretaria nenhum problema à sociedade se não estivesse também associado ao aumento do número de conflitos nos espaços esportivos. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol, muitos problemas causados dentro, entorno ou nos acessos aos estádios de futebol estão atrelados, diretamente, a essas torcidas. Estas, por sua vez, promovem um comportamento totalmente arbitrário aos princípios esportivos, já que em vez de fomentarem atitudes de respeito, de ordem e de disciplina, há em uma contraversão disso. Em 2015, por exemplo, durante as disputas do campeonato cearense, foram depredadas portarias, móveis de alambrados, tevês além de muitas cadeiras arrancadas e arremessadas no gramado na Arena Castelão, estádio que demandou um alto custo para a sociedade.      Além dessas atitudes de destruição, surgem, nesse contexto, os confrontos entre as torcidas organizadas, o que acarreta danos irreversíveis, visto que torcedores tornam-se vítimas fatais dessa lamentável situação. Exemplo disso foi a cena mostrada no Globo Esporte, programa esportivo, em que um torcedor foi morto após ser atingido por um vaso sanitário lançado no Arruda, estádio de Recife. Infelizmente, fato como este não só amplia o índice de violência como também afasta os novos e os leais torcedores dos estádios, já que se sentem amedrontados e inseguros diante dessa guerra declarada.     Diante desse quadro lastimável, fruto da ignorância humana, no qual se encontra o Brasil, medidas eficazes para erradicar tal situação tornam-se emergenciais. Por um lado, a Confederação Brasileira de Futebol juntamente com outros órgãos responsáveis precisam desenvolver um trabalho voltado ao cadastramento de torcedores, a fim de controlar as entradas nos estádios e, consequentemente, coibir atos de vandalismos. Por outro, faz-se necessária uma penalidade maior aos torcedores infratores como proibi-los de ter acesso aos estádios, a fim de levá-los a repensar seus comportamentos irracionais e assegurar a integridade física de quem vai ao estádio verdadeiramente vibrar pelo seu time. Somado a isso, e não menos relevante, o torcedor necessita de entender sempre que a perda e o ganho são inerentes à vida humana, inclusive nos jogos.