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Enviada em: 28/08/2017

Torcer até morrer   Lazer. Diversão. Morte. Em 2014 o Brasil perdeu a copa mas foi campeão no quesito violência no futebol. O cenário não é diferente para 2017, basta olhar os noticiários e perceber o contexto de aflição e desespero que cidadãos inocentes são obrigados a passar em meio aos conflitos nas arquibancadas. Por isso, buscar entender e reverter essa mazela é essencial para garantia da segurança e do lazer dos torcedores.   Em primeiro lugar, é crucial analisar as raízes do problema. Há quem cogite a necessidade de banir as torcidas organizadas ou assistir aos jogos apenas pela televisão. No entanto, esses esquecem que a questão não está somente no futebol, mas sim, em um sistema falho que abrange e prejudica todos os setores, logo os conflitos nos estádios são mais um reflexo dessa sociedade violenta.   Esse quadro, apesar de preocupante não obtém a sua devida atenção, pois a impunidade ainda é a principal arma daqueles que propagam a violência. A Europa, país que também passava por uma situação semelhante, aplicou uma estratégia com êxito, foi criada uma política de prevenção. Em vez de tentar conter os baderneiros depois do início dos confrontos, a polícia passou a identificá-los previamente. Países como a Alemanha e Espanha também seguiram esse exemplo. No Brasil, são necessários os mesmos instrumentos: Prevenção e leis rígidas.    Torna-se claro, portanto, que a violência nos estádios é parte da violência da sociedade. Nesse sentido, o governo deve intensificar a segurança nos estádios com a aplicação de tecnologias de monitoramento, além da fiscalização das torcidas organizadas punindo qualquer ato de vandalismo. As escolas, por meio de atividades esportivas, devem ensinar aos jovens os valores da tolerância, do respeito e da convivência em grupo. A mídia, por sua vez, através das ficções engajadas, precisa relembrar à sociedade dos bons tempos em que torcer até morrer era apenas um verso do hino do América futebol clube.