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Enviada em: 07/08/2017

Na conjuntura esportiva brasileira, nota-se que, a partir da década de 90, os estádios de futebol vêm, constantemente, se tornando palco de atos de violência e vandalismo. Na filosofia contemporânea o termo nacionalismo está vinculado a capacidade de um indivíduo se sentir inserido em determinada ética compartilhadas por um grupo especifico. Segundo esse conceito, o grande físico alemão, Albert Einstein, afirmou que "O nacionalismo exacerbado é uma doença infantil, é o sarampo da humanidade". Essa perspectiva filosófica está, intimamente, ligada com a frase dita por Einstein, pois é evidente que essa identidade coletiva vem sendo disseminada nos estádios formando as chamadas torcidas organizadas que alimentam à criminalidade e ultrapassam os limites da legalidade e do bom senso.       Segundo historiadores, o nacionalismo exacerbado foi o principal motivo das duas grandes guerras do século XX e causou a morte de mais de 60 milhões de pessoas. Assim como nessa concepção histórica, motivada por uma supremacia cultural, as torcidas organizadas acreditam que apenas por serem torcedores de um time devem ser hostis com torcedores de outros times. Nessa preocupação a BBC Brasil mostra que, entre os anos de 2011 a 2015, no estado do Rio de Janeiro, foram registradas 72 mortes e 123 casos de agressão envolvendo torcidas organizadas. Tal perspectiva, infelizmente, é comum em vários estádios do Brasil e alimenta um ciclo de criminalidade estimulando à violência, ao tráfego de drogas e na formação de quadrilhas.         Em segunda instância, o sentimento de discórdia e hostilidade entre as torcidas acabam refletindo nas relações sociais cotidianas provocando uma intimidação sistemática e ofensiva a um indivíduo ou a um grupo. No Brasil, de acordo com dados do G1, a partir de 2011, houve um aumento significativo no número de casos de bullying envolvendo o esporte. Essa realidade toma proporções maiores, principalmente adjunto à internet, causando abalos psicológicos e depressivos.         Em virtude do que foi mencionado, fica claro que para solucionar as questões referentes a violência nos estádios é preciso promover uma parceria entre os times e o Estado com intuito de amenizarem o sentimento ufanista no esporte. Portanto, cabe ao primeiro promover amistosos nas quais jogadores de equipes rivais joguem em um mesmo time; além disso, é necessário estabelecer acordos com as torcidas organizadas afim de diminuir o tumulto e a violência. Já o segundo cabe investir no policiamento com o uso de armas de efeito moral dentro e fora do estádio, especialmente, em jogos de grande rivalidade evitando qualquer vestígio mínimo de confusão afim de conter proporções maiores. Desse modo, em pouco tempo o esporte perceberá os primeiros passos rumo a resolução dessa problemática. Afinal, o Sarampo é uma doença que tem cura assim como o nacionalismo exacerbado.