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Enviada em: 09/09/2017

Brasil 1 x 7 Violência: perdendo fora e dentro do campo       Os índices de agressões dentro dos estádios refletem nas arquibancadas, isto é, a rivalidade cultivada entre os times - brigas de jogadores - estimulam os torcedores na reprodução desses atos. Por outro lado, atribuir a culpa somente aos times é ingenuidade, pois ela é alicerçada, principalmente, no fundamentalismo das torcidas organizadas.       Semelhantemente, o sociólogo Maurício Murad no seu livro "Para entender a violência no futebol", afirma que o Brasil é o campeão de mortes nesse esporte - foram 106 em 14 anos.  Um índice maior que nos países europeus, onde a taxa de crimes futebolísticos é alta, mas não supera o índice brasileiro, visto que, as hostilidades, vandalismos e agressões são punidos de forma efetiva e concreta.       Por conseguinte, uma forma de perder esse primeiro lugar tão vergonhoso é expandindo o GEPE - Grupamento Especial de Policiamento em Estádios - para além do Rio de Janeiro, com treinamentos específicos e direcionais para policiais. Acrescentando-se que o modelo de torcida única não é tão benéfico como se imagina, pois ao sair as torcidas entram em confrontos, marcados antecipadamente em redes sociais. Há a necessidade de fiscalização imediata, tanto nas portas de ginásios, como virtualmente, evitando assim a propagação desse terror.       Nesse sentido, a parceria torcedor-polícia é de extrema importância, assim como o auxílio das mídias, incluindo em sua programação campanhas que visem conscientizar a população. As escolas devem, com ajuda da família, ensinar que o ódio ao outro é algo destrutivo, letal, não devendo ser cultivado, e sim combatido. Nessa linha, é papel do governo federal expandir as ações do GEPE para outros estados, dialogar de maneira efetiva e jurídica com as torcidas organizadas, e através do legislativo criar e ratificar leis no âmbito esportivo, reduzindo o poder dos vândalos que vestem a camisa times como se fossem de facções.