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Enviada em: 12/09/2017

O esporte, fundamentalmente, possui a função social de promover a interação harmoniosa entre indivíduos. Contudo, no país do futebol, os estádios são marcados por interações que, por vezes, são violentas. Tendo em vista esse paradoxo, é importante discutir sobre o problema, enfatizando seus efeitos na sociedade e propondo maneiras eficazes de combate, com o intuito de fazer que o futebol cumpra o que é, de fato, sua verdadeira função.     Primeiramente, os estádios brasileiros encontram-se em um "estado de violência", conceito elaborado por Muniz Sodré. Segundo o sociólogo, até mesmo pequenas atitudes agressivas, uma vez tomadas de forma repetitiva, resultam em um estado de violência, dentro do qual a agressão é constante e já esperada. Sob esse ponto de vista, falta de organização e o ínfimo do Poder Legislativo na tomada de medidas contra o problema dificulta o rompimento desse estado. Prova disso é o caso em que o responsável pela morte de um boliviano de 14 anos em um jogo do Corinthians foi solto da cadeia e ficou impune, sendo posteriormente readimitido em uma torcida organizada. Assim, com fito de romper o estado de violência, uma melhor legislação acerca do assunto faz-se necessária.     Em consequência de tais fatores, o Brasil lidera o ranking mundial de mortes em estádios de futebol. No concernete a isso, Maurício Murad, sociólogo brasileiro, aponta que a média de mortes motivadas pelo esporte em questão no país é superior a 10 pessoas ao ano. Diante desses dados, é possível ver que o futebol - que sempre levou felicidade a muitos brasileiros- agora traz grandes infelicidades à sociedade. Com isso, medidas são necessárias, a fim de se promover o combate à violência nos estados e fazer prevalecer a harmonia do esporte.     Portanto, o Poder Legislativo, a mídia e os próprios clubes deverão ser os protagonistas na criação de um ambiente mais saudável para o esporte. Para esse fim, o Poder Legislativo deverá cadastrar torcedores por meio de documentos e, com a ajuda de câmeras, identificar os agressores e puni-los de acordo com a lei vigente, com o fito de evitar a reiteração. Ademais, cabe à mídia e aos clubes romperem com o estado de violência supracitado, isso deve ser feito por meio de campanhas a favor da paz nos estádios, as quais possuirão a função de incentivar a harmonia entre os torcedores.