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Enviada em: 07/10/2017

“A violência destrói aquilo que ela pretende defender“. O alerta do Papa João Paulo II desconstrói o argumento tão utilizado pelos torcedores, no mundo do futebol, para praticar atos de brutalidade. Esses acreditam que por meio da selvageria assistida principalmente nos estádios, estão honrando o nome e memória de suas equipes. Contrário a isso, o legado que exata violência produz alimenta uma reputação ruim ao próprio esporte.    Sendo assim, em primeiro lugar, é preciso procurar caminhos pra solucionar o problema, uma vez que a população tem direito a esse entretenimento e o Estado tem o dever de assegurá-lo. Logo, uma medida bastante explorada atualmente consiste na política de torcida única nas dependências dos estádios. Entretanto, esse modelo é falho e propicia curta tranquilidade, pois ao redor da construção dezenas de brigas são iniciadas, resultando até mesmo na morte de pessoas que apenas estavam próximas do local, como aconteceu no caso de Sinval, na zona leste de São Paulo, que foi vitima de uma bala perdida.   Ademais, tal violência, está diretamente ligada à falta de disciplina e escolaridade dos que a pratica, nota-se, portanto, a responsabilidade do Estado. Há quem diga ainda, que a rivalidade estimulada pelos próprios times é a maior causa dos conflitos entre os torcedores. Esses estão certos, e devem considerar que a soma de exatos principais fatores constrói o caótico cenário atual, o qual só será resolvido com a mobilização desses dois grupos.   Por conseguinte, para que o alerta do Papa João seja devidamente assimilado, cabe a organização dos eventos, em parceria com a Polícia Militar, estabelecer uma proporção de no mínimo 10 policias para cada 100 pessoas no estádio. Garantindo também escolta aos arredores do evento, para que tragédias como as de Sinval e tantos outros, incluindo os torcedores, sejam evitadas. Além disso, cabe aos próprios clubes enviar representantes as Escolas para promover rodas de conversa com os alunos, os alertando sobre as consequências negativas que os conflitos geram ao time, e incentivando esses a estabelecerem limites para uma competição saudável. Talvez assim seja possível combater a violência atualmente presente nos jogos.