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Enviada em: 06/10/2017

O Brasil, popularmente conhecido como o país do futebol, pois essa prática é considerada paixão nacional. Diante disso, o hábito de se possuir um time, ser fanático e assistir as partidas, é comum na vida de muitos brasileiros. Todavia, criminosos, boa parte das vezes, infiltrados nas torcidas organizadas, usam como desculpa a rivalidade dentro de campo para cometer atos violentos. Logo, o país é o que ocorre mais mortes, devido a brigas de torcidas organizadas, segundo o sociólogo Mauricio Murad. Nesse âmbito, observa-se que essa problemática tem aumentado devido ao legado cultural de violência, à falta de policiamento e à impunidade.    Em primeiro lugar, vale ressaltar que na idade média as manifestações violentas eram usadas como forma de se impor ao outro, visto que, ainda hoje, alguns indivíduos possuem esses traços anacrônicos. Com base nisso, alguns torcedores relacionam o amor ao time, com a brutalidade, de modo que encaram as partidas como um combate, ou seja, considera a torcida adversária um inimigo. Isso de acordo com o já citado sociólogo, Murad, ocorre por causa da cultura de violência, que no Brasil é mais aguda. Assim, o sentimentalismo com os times, levam principalmente integrantes de torcidas organizadas, usarem a agressão como forma de defender a superioridade do seu time.     Por outro lado, é imprescindível destacar a falta segurança dentro dos estádios brasileiros, porque há uma discussão se a Polícia Militar deve ou não intervir em locais privados. Isso incentiva o aumento da violência durante os jogos de futebol, uma vez que o Rio de Janeiro é a única cidade que tem uma polícia especializada para segurança nos locais de partida, o GEPE (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios). Ademais, a impunidade dessas ações hostis, faz com que o Brasil tenha tantas mortes em estádios de futebol. De modo que, isso ratifica a ineficiência da segurança nesses lugares, visto que, muitas vezes, os agressores, quando identificados, são levemente advertidos, enquanto as vítimas padecem com danos que podem ser irreversíveis.    Fica evidente, portanto, a necessidade de deve haver um conjunto de medidas para sanar esse problema. Logo, a mídia, junto com os clubes, deve promover campanhas de reeducação do público, por meio de propagandas na televisão, a fim de que os traços arcaicos se convertam em um coletivismo ético, e assim ajude a integração social do futebol. Além disso, o Ministério Público deve legalizar a atuação da Polícia Militar dentro dos estádios, dando toda a liberdade para controlar as brigas, por meio da criação de uma divisão especializada. Ademais, o Legislativo precisa tornar as punições mais rígidas a esse tipo de crime, por intermédio da prisão por no mínimo um ano, principalmente se for agressão seguida de morte. Tais medidas devem ser realizadas, com o objetivo de tornar os estádios seguros.