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Enviada em: 02/11/2017

A questão da crescente violência nos estádios brasileiros trata-se de um tópico em ascensão. A partir da percepção histórica do pensador inglês Thomas Hobbes, o homem, quando em estado natural, é mau. Isso significa que, uma vez exposto à passionalidade exacerbada em determinadas situações delicadas, o indivíduo social passa a se portar de maneira desumana - podendo, então, ameaçar a paz coletiva. Urge, assim, apontar como o futebol configurou-se como vizinho da violência e explicitar seus impactos comuns na coletividade.        Impera destacar, nesta situação, a constante idealização a qual o esporte se submete no Brasil. Envolvida pela concepção de "país do futebol", a sociedade contemporânea passou a determinar tal qualidade como fator determinante da caracterização identitária brasileira - instigando, deste modo, a romantização do esporte de modo que este se conceba como referencial para a formação sociocultural da pátria. Isso significa que considerável parcela da autoestima nativo-educacional encontra-se depositada em uma modalidade esportiva. Em síntese, é pertinente compreender que a sensibilidade quanto à modalidade deve ser restringida, uma vez que resultar na agressão ao próximo.        Outrossim, é fundamental salientar a posição de influência que a violência nos estádios promove. Banalizando a bestialidade nas citadas ocasiões, a ferocidade nos espaços de prática de esportes, inegavelmente terminam por apagar suas verdadeiras intenções - a de maior abrangência coletiva, visando a socialização, o desestresse e a inclusão social. Logo, é vital o reconhecimento acerca da perpetuação da violência passional na entidade social.        A partir dos argumentos apresentados, concretiza-se a imprescindibilidade da atuação do Ministério da Educação na causa, visando a conscientização de crianças por intermédio de campanhas e aulas que preguem a importância da pacificação do tão importante item do caráter nacional.  Assim, espera-se que as futuras gerações lidem com a problemática de maneira mais efetiva.