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Enviada em: 25/10/2017

A questão da violência nos estádios de futebol pode ser considerada como uma situação de extremo caos, como afirmava Hobbes, o homem retorna à sua condição natural de sobrevivência diante de uma competição e torna-se o lobo do próprio homem. A partir dessas considerações cabe analisa os fatores que fomentam a violência nas arenas de futebol e inquiri por que essa questão exige uma atuação tanto do poder público quanto da sociedade.      Em primeiro plano, torna-se importante salientar que existe uma cultura de violência generalizada, e quando o indivíduo se sente inferiorizado em relação ao outro por seu time ter perdido a partida, por exemplo, tal comportamento é visto como uma solução. Segundo pesquisas do Instituto Stochos, os principais responsáveis por esses episódios são as torcidas organizadas; essas que influenciam e corrompem seus integrantes com um sentimento competitivo exacerbado, considerando o torcedor do outro time como um inimigo de guerra.      Vale destacar, ainda, que já são inúmeros os casos de vandalismos, brigas e mortes de torcedores após os jogos. E, tais ações impedem as pessoas que tem o real interesse de entreter-se com a família e amigos de irem aos estádios por falta de segurança. Assim, entende-se a sociedade líquida defendida por Bauman, na qual a perda do caráter reflexivo e da noção de progresso implica na desregulamentação das relações sociais.      Com isso, diante do exposto urge medidas que revertam o atual cenário a fim de se buscar a paz e o divertimento. Assim, cabe ao Serviço Público aumentar a fiscalização nos estádios com policiais especializados em identificar e monitorar torcedores violentos para impedir sua entrada no estádio. E, é dever do Ministério Público criar legislações específicas de acordo com os crimes já praticados com intuito de aplicar penas especiais que condiz com a situação. Dessa maneira, a harmonia será resgatada em detrimento do caos.