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Enviada em: 24/10/2017

A partir da segunda guerra mundial, foi possível perceber que o nacionalismo e o sentimento de revanchismo poderiam colocar o mundo em conflitos. Desse modo, encaixando esses sentimentos no âmbito esportivo, nacionalismo (amor ao time), revanchismo (não aceitar a derrota), o esporte que deveria representar simbolicamente a confraternização, se transforma em um evento perigoso para seus atletas e  seus torcedores. Entretanto, é necessário estabelecer que para combater a violência nos estádios é preciso, primeiramente, entender a natureza desse conflito.    Não é justificável que, nesse caso muito usem dos seus sentimentos aflorados pelo esporte para cometerem crimes, porque antes de qualquer instinto deve sempre prevalecer o contratualismo social. Segundo Thomas Hobbes, o contrato social impede que o homem assuma seu estado de natureza, em que "o homem é o lobo do homem". Mesmo que se queira negar, o fato é que se comprometer somente com esse pensamento significa ignorar a necessidade urgente de outras medidas socioeducativas, além de culpabilizar quem rompe o contrato e se entrega aos instintos. Ganha configuração real, assim, a ideia de que a postura dos times e dos estádios devem colaborar para minimizara esse quadro.  Em todo esse processo, ocorreu uma falha ao não se atentar para o fato de que essas posturas podem contribuir para aflorar tais sentimentos e ,consequentemente, transformar o estádio e seus arredores em locais perigosos. O mais preocupante, contudo, é ter que conviver com a ideia de que essa violência, muitas vezes, acarreta em mortes, feridos e  vandalismos com destruição de patrimônios públicos. Logo, a não ser que o esporte passe a caracterizar uma postura mais amigável entre os grupos adversários, a violência nos estádios sempre persistirá.   Entende-se, por fim, que é preciso atenuar os sentimentos provocados pelas disputas esportivas, para minimizar a violência nos estádios. Para isso, a Polícia Militar aliada a organização dos estádios devem criar uma plataforma digital de denúncias, para que, por via sms, internet ou ligação, torcedores pudessem denunciar os focos de conflitos que seriam averiguadas instantaneamente pela polícia. com intuito de reduzir os riscos aos demais torcedores. A fim de ampliar o foco dessa medida, os times, que disputarem uma partida, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol, deveriam fazer propagandas, veiculadas no estádio, que contivessem atletas dos times adversários, abraçados ou confraternizando, para que os sentimentos de disputa fossem reduzidos. Com esses esforços, unindo fiscalização e confraternização, não a dúvidas que os estádios deixarão, aos poucos, de serem focos de pequenas guerras para serem o ambiente que simboliza verdadeiramente o esporte.