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Enviada em: 25/10/2017

Não jogue neste time       "País do futebol", essa é a imagem que o Brasil passa para o mundo quando refere-se ao esporte mais praticado no país. Ao lado do carnaval, o futebol é uma das paixões nacionais, que mexe com uma enorme massa populacional e emotiva. Entretanto, esse fanatismo tem deixado as quatro linhas e partindo para a violência, causando brigas e mortes entre torcidas.       Nos últimos anos, o aumento de brigas de torcidas, em geral as organizadas, tem causado transtornos e má imagem para o Brasil e sua sociedade. As rixas entre torcida originam-se extra campo, impulsionada pelo uso das redes sociais, que se organizam em prol da violência contra membros de torcidas de times rivais, sobretudo quando há uma disputa acirrada entre as equipes. A violência hoje nos estádios tem tirado o brilho do esporte e afastado famílias de frequentarem jogos de seus times do coração, e ainda ter criado uma incerteza e zona de perigo dentro do ambiente esportivo, o que gera cada vez mais públicos menores.       Em contra partida, o Governo Federal, em 2003, pôs em prática o Estatuto do Torcedor, que responsabiliza desde o Estado até o clube no qual a torcida representa, afastando os delinquentes dos estádios de futebol e até mesmo prisão. Porém, mesmo com o estatuto em vigor, os números tem aumentado a cada ano.        Nessa perspectiva, vale ressaltar que a violência no futebol é um acúmulo multifatorial, seja por questões de fanatismo, desavenças entre torcidas e razões de poder nas arquibancadas. Nesse contexto, o Estado através do Ministério Público deve impedir que tais casos aconteçam, como a proibição de torcidas organizadas, a entrada de objetos que podem causar dano à vida das pessoas, punir as criminosos e criar campanhas de conscientização. Já os clubes em conjunto das federações devem intensificar as revistas nos estádios, propor mais criação das torcidas mistas e abandonar o incentivo às torcidas organizadas, além resgatar o estádio como um ambiente familiar e de magia.