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Enviada em: 31/10/2017

“A violência destrói aquilo que ela pretende defender“. A constatação do Papa João Paulo II há algum tempo adverte a sociedade contemporânea. Entretanto, ainda hoje essencial alerta continua sendo ignorado por grande parte da população brasileira. Isso é perfeitamente ilustrado nas constantes manifestações de violência praticada dentro de estádios de futebol, que somada à falta de preparo dos organizadores para conter exatas situações têm afastado o esporte cada vez mais de seu ideal de inclusão e entretenimento.    Por isso, em primeiro lugar, é fundamental ressaltar que essa ruptura com os padrões historicamente empregados ao futebol é principalmente um fruto da rivalidade estimulada pelos próprios clubes. Como se percebe em um episódio em Brasília onde uma briga de jogadores transformou a partida entre Gama e Brasiliense em um verdadeiro campo de batalha. Isso demonstra a enorme influência que o comportamento da equipe exerce sobre seus torcedores.    Ademais, similarmente se destaca o déficit presente nas soluções apresentadas pelo poder policial do país e pela equipe de organização dos eventos. Há quem diga, no entanto, que iniciativas como a política de torcida única dentro das dependências dos estádios são medidas que minimizam com sucesso os conflitos. Esses parecem não compreender que exato modelo é falho e propicia uma falsa tranquilidade, pois as brigas ao redor da construção costumam ser ainda mais trágicas, uma vez que não são essencialmente assistidas por policiais ou seguranças o que dificulta e muito o seu apartamento.   Por conseguinte, para que o alerta de Papa João seja devidamente entendido cabe as equipes elaborar campanhas em parceria com a mídia e a escola que estimulem os indivíduos a manter uma participação saudável nas torcidas. Trabalhando através de palestras nas escolas e entrevistas dadas a mídia das quais possam ser explicadas as consequências das brigas entre torcidas para a colocação das equipes em campeonatos e o verdadeiro intuito do esporte para com o seu publico. Além disso, cabe a Polícia Militar e os organizadores estabelecer uma proporção pré-definida de seguranças e policiais para o número esperado de torcedores, afim de que os conflitos sejam solucionados com rapidez. Talvez assim será possível combater a violência e restaurar uma postura melhor politizada nos jogos.