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Enviada em: 05/04/2018

Na Roma Antiga, o coliseu era palco de batalhas mortais que tinham o intuito de divertir o público. Atualmente, apesar de grandes avanços terem ocorrido no âmbito dos Direitos Humanos, muitas pessoas ainda reproduzem o comportamento animalesco da Antiguidade nos estádios de futebol, distorcendo os verdadeiros princípios do esporte: a união, a saúde e a diversão. O combate à violência nesses locais é fundamental e deve partir do ataque às suas causas, sejam elas relacionadas à mídia ou à impunidade dos atos violentos.          Primeiramente, é válido considerar que a mídia estimula uma paixão exagerada pelos times de futebol. Nesse ínterim, muitos torcedores convertem esse esporte em um verdadeiro estilo de vida no qual mostrar superioridade e negar o adversário é mais importante do que apreciar o próprio time. Tal fato foi estudado por Heloísa Reis, professora da Unicamp segundo a qual a paixão clubística acontece a partir da negação do rival, o que desencadeia uma forte onda de violência.           Ademais, as ações dos torcedores violentos não são adequadamente punidas, uma vez que estes recebem penas leves e voltam a frequentar os estádios. Assim, tais atos são sempre repetidos, causando danos irreversíveis àqueles que vão aos jogos apenas para torcer. Trata-se, claramente, de um estado de violência gerado por consecutivos atos de violência, tal como foi estudado pelo comunicólogo Muniz Sodré.           Fica evidente, portanto, que é fundamental combater qualquer atitude violenta nos estádios de futebol. Cabe à administração destes locais a instalação de câmeras nas arquibancadas para facilitar a identificação dos agressores, que devem ser proibidos de retornar aos jogos durante alguns meses. Essa proibição deve ser legitimada pelos governos estaduais através da criação de leis nesse sentido. Além disso, a mídia televisiva deve conscientizar o público acerca da importância da paz entre torcidas por meio de vídeos sensibilizadores. Assim, o esporte poderá manifestar com êxito os seus verdadeiros princípios.