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Enviada em: 20/03/2019

A violência como consequência social       Os grandes centros urbanos brasileiros contabilizam o crescimento da violência desde a década de 1980 quando o êxodo rural, iniciada nos 20 anos anteriores, inflou o número de seus habitantes. Essas pessoas sem moradia, trabalho ou qualquer assistência social e abandonadas pelo Estado buscam no crime, uma oportunidade de melhoria de vida ou ainda de demonstrar uma revolta quanto ao descaso com que são tratados.       O desenvolvimento dos grandes centros, diretamente associado à industrialização, trouxe boa parte da população rural para a cidade, para atividades metalúrgicas ou de construção civil. Entretanto, essa migração não foi estruturada e as pessoas não receberam a estrutura de que necessitavam. Após a bolha dos empregos, com a mudança do mercado de trabalho e a automatização de funções, muitos viram-se desempregados e despreparados para novas posições, obrigados então ao sub-emprego ou à criminalidade para garantir seu sustento.       Ademais, os primeiros anos da Nova República, a partir de 1985 até os dias de hoje marcam um período histórico de corrupção e descaso do governo com a sociedade, comprometendo a evolução econômica do país, fazendo dos menos favorecidos ainda mais carentes.        Portanto é primordial a implantação de programas sociais que proporcionem ao cidadão as condições necessárias de garantir seu próprio sustento sem o assistencialismo de benefícios como o Bolsa-Família que não tratam na causa do problema. Para tanto, o governo deve investir em formação profissionalizante associada à iniciativa privada, preparando o aluno para o mercado de trabalho atual e apoiando sua empregabilidade nessas empresas após o término do curso. Deve-se também fornecer à essas pessoas moradias populares financiadas pelo governo com preferência àqueles que participarem da formação profissional, motivando seu engajamento. Tais ações proporcionarão o mínimo necessário para que o indivíduo possa começar a construir dignamente sua vida.