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Enviada em: 21/03/2019

As problemáticas que envolvem a violência urbana no Brasil são até para os olhos menos atentos, uma das maiores adversidades da atual sociedade.Mesmo que a Constituição Federal garanta que a segurança pública é dever do Estado, o número de assaltos, estupros e agressões não para de crescer, realidade essa exposta pelo Atlas da Violência de 2018, onde foi apontado que 553 mil brasileiros esvaíram-se da vida por morte violenta nos últimos 10 anos, dado esse espantoso e amedrontador para toda a população do país. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas direções: a falta de escolas que orientem os alunos para que não cometam delitos e o sistema carcerário ineficiente.    Ao partir dessa realidade, é de extrema importância que a escola participe do processo educativo contra a violência urbana, visto que o número de jovens envolvidos com crimes violentos não para de crescer, assim como enunciou o site de notícias EBC. Sendo a escola um dos primeiros contatos das pessoas com a sociedade, caberia a essa instituição orientar e mostrar a realidade da violência urbana e o porque não se deve cometê-la. Contudo, o que ocorre é que, por muitas vezes, a escola torna-se palco dessa realidade, como no caso recente da Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, São Paulo, onde 10 pessoas foram assassinadas por 2 ex-alunos da própria instituição.     Em conformidade com a realidade já apresentada, está o sistema carcerário ineficiente. Assim como enunciou Foucault em sua obra ''Vigiar e Punir'', a prisão ocidental não é uma forma humanista de cumprir pena, uma vez que a população carcerária brasileira é duas vezes maior que a lotação máxima permitida nos presídios brasileiros. Nesse sentido, inseridos em um ambiente degradante, o presidiário sai daquele local ainda mais violento e volta a cometer delitos, de modo que esses locais que deveriam promover uma ressocialização do indivíduo o torna, na maioria das vezes, ainda pior do que quando entrou, de forma a tornar o ciclo da violência urbana ininterrupto e vicioso.    Logo, cabe ao Ministério da Educação em parceria com as escolas, por meio de aulas de sociologia, por exemplo, mostrar aos alunos a realidade vívida pelo país quando se fala de violência urbana e incentivar ações afirmativas, como busca dos estudos e de uma formação, a fim de que esses busquem um futuro mais promissor além de estarem contribuindo por um país melhor. Ademais, cabe ao Ministério da Justiça a criação de leis que regularizem e coordenem, por meio, por exemplo, do aumento do número de celas para que aja uma melhor alocação dos ali presentes além de uma melhora na qualidade desses locais, com camas mais confortáveis e com psicólogos para orientarem na ressocialização desses indivíduos, com a finalidade de interromper o ciclo vicioso da violência urbana brasileira.