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Enviada em: 21/03/2019

De acordo com o artigo 03º da Declaração Universal dos Direitos dos Homens, o qual o Brasil é signatário desde 1988, todos possuem o direito à vida. No entanto, passados quase 30 anos desse importante compromisso, a sociedade ainda vivencia o aumento da violência urbana no Brasil. Nesse sentido, faz-se necessário buscar caminhos no intuito de não somente criar projetos sociais em comunidades vítimas da violência, mas também combater o preconceito racial ainda existente.         O Superman é um dos principais super heróis fictícios das histórias em quadrinhos que utiliza a visão de calor e a super força para combater os supervilões. Fora da literatura, a Constituição Federal afirma que o Estado tem a função de garantir a educação e a segurança para todos os cidadãos como ferramentas de combate à violência. Entretanto, muitas comunidades carentes sofrem com a negligência estatal, visto que várias escolas das periferias não são bem estruturadas - com ausência de merendas, de livros e de carteiras -, promovendo para que as crianças e os adolescentes parem de estudar e vejam o crime como um futuro promissor. Um exemplo disso, segundo a plataforma digital Uol Notícias, o número de jovens apreendidos por roubos e assassinatos aumentou em seis vezes nos últimos anos - sendo o maior número de homicídios registrados em comunidades carentes.        Em segundo plano, vale ressaltar que durante a era Colonial, os negros eram submetidos à tratamentos cruéis de extrema violência - não poucas vezes, com uso da Chibata - devido ao sentimento de superioridade da população branca. No Brasil, hoje, tal violência ainda existe e que, infelizmente, leva milhares de pessoas à óbito por meio de armas de fogo e possui como principal causa  o preconceito racial. Prova disso, cerca de 72% das mortes ocorridas nas cidades são de pessoas negras e destas quase 100% são vítimas de disparos de armas, segundo a pesquisa Atlas da Violência em 2018. Nesse contexto, percebe-se que o problema da violência urbana é extremamente grave, visto que põe em xeque a vida de muitos brasileiros.         Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Ministério da Educação, em parceria com ONG's e associações que militam nesta área, invista na infraestrutura das escolas - em especial as que sofrem com o descaso estatal -, em projetos sociais de envolvimento entre o jovem e a educação, por meio de oficinas públicas com aulas esportivas, musicais e socioemocionais , para, com isso, despertar o interesse de crianças e de adolescentes ao ensino e evitar que se integrem ao crime. Ademais, é importante que o professor, a família e os alunos façam debates em reuniões de classe sobre a violência racial, visando combater o preconceito e, por conseguinte, lutar contra a violência para com os negros. Desse modo, ao efetivar tais soluções, o direito à vida será garantido a todos os brasileiros.