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Enviada em: 23/03/2019

A violência urbana está intrinsecamente ligada a realidade do Brasil. O medo de ser assaltado, agredido ou até morto ao sair de casa é algo que faz parte da rotina do brasileiro. Segundo dados do jornal O Globo, só em 2014 houve mais de 58 mil mortes violentas no país, além disso, segundo o mesmo jornal, das 50 cidades mais sanguinolentas do mundo 25 estão no país tupiniquim. A desigualdade social e a ineficiência do estado no combate ao crime são fatores que explicam esse problema.     A política desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek teve como resultado o êxodo rural e consequentemente a concentração populacional nos grandes centros urbanos. A década de 50, que marcou a passagem do país de rural para urbano, entretanto, foi bastante desigual. A falta de estrutura nas cidades como escolas e hospitais públicos ou moradias de qualidade, somado a carência de oportunidades de emprego para todos, ocasionou uma desigualdade social marcante. Toda essa conjuntura foi o ambiente propício para o desenvolvimento da violência e da criminalidade, que afeta não só as comunidades carentes, mas a população como um todo.        Em virtude disso, o Estado busca formas de combater a violência urbana. Entretanto, o mesmo tem se mostrado ineficaz e com propostas e ações que vem agravando ainda mais a violência. Enquanto outros países investem em inteligência e investigação, o governo brasileiro está mais preocupado em repressão policial, o que além de estimular a cultura de violência provoca a morte de inúmeros policiais e militares. Segundo dados do jornal O Globo, só 8% dos homicídios que ocorrem no Brasil são investigados, além disso, a polícia brasileira é a que mais mata e a que mais morre no mundo, o que evidencia a forma ineficiente da nossa política de combate a violência urbana.       Destarte, é necessário que o governo brasileiro mude a forma atual de combate a violência urbana. Cabe aos partidos políticos a criação de projetos que garantam recursos financeiros e investimento na investigação de crimes e não na repressão policial. Além disso, cabe ao governo também, a implementação de programas sócias que visem combater a desigualdade nas periferias e comunidades carentes do país, para que assim se possa acabar com a criminalidade pela raiz.