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Enviada em: 30/03/2019

No art. 144 da Carta Magna brasileira, afirma-se que a segurança é dever do Estado e direito de todos; contudo, hodiernamente, diante das frequentes notícias sobre a violência urbana (homicídios, assaltos com armas de fogo e casos de agressão física) em vigor no Brasil, percebe-se uma violação de tal direito e dever. Desse modo, é cabível colocar como protagonistas para a causa, a desigualdade social e a negligência governamental na promoção da segurança pública.   No que tange às disparidades sociais, na expressão naturalista da literatura brasileira, dissertava-se que o meio determinava as atitudes do indivíduo. Sob essa ótica, nas mazelas das cidades, os cidadãos que convivem nesse ambiente são expostos a constantes situações de violência e descaso governamental, haja vista que esse não oferece educação, saúde e infraestrutura social adequada para o pleno desenvolvimento dessa classe em sociedade, e por efeito, estes habitantes procuram seu equilíbrio social nas corporações criminosas. Logo, assim como no Naturalismo literário, por ingerência do meio, estes cidadãos que se agregam a organizações criminosas coadjuvam para a expressão da violência no país.   Outroassim, em conjunto com a discrepância social, a ineficiência governamental corrobora a permanência do imbróglio. Acerca dessa lógica, em 2016, o número de policiais mortos em ação foi de 453 (dado divulgado no site Politizei) e a taxa de lotação nos presídios foi de 194% (informação publicado pelo Ministério da Justiça), essa quantização exemplifica a negligência do Estado na área da segurança, haja vista que as instituições encarregadas de cuidar da segurança nacional (polícia civil, polícia militar, presídios, etc) não apresentam uma superfície abrangente por falta de investimentos econômicos para promover tal atuação, e por efeito, a violência citadina persiste e se expande no país. Convém ressaltar que as políticas empregadas na área também acentua o problema, visto que protagoniza-se uma política de repreensão, e ausentando- se de uma política de prevenção.   Dessa maneira, delineando a resolução da desigualdade social e da negligência governamental, é necessário a atuação do Estado e da mídia. O Estado, em parceria com o Ministério da Fazenda, deve estipular um plano de investimento subsidiário nas instituições encarregadas da promoção e  manutenção  da segurança pública, principalmente em áreas de violência acentuada, e por meio dos Estados e Municípios, deve investir na infraestrutura social de localidades com alto índice de desigualdades social, delineando diminuir o a agregação de jovens ao mundo do crime. Ademais, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, deve elaborar uma política de prevenção do problema, investindo em educação de qualidade, saúde e moradias, além da construção de presídios.