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Enviada em: 02/04/2019

A banalidade do mal, segundo Hanna Arendt, é quando a ausência de uma percepção distanciada e crítica é capaz de normatizar atos de violência. Sentimento básico que faz a crueldade urbana, no Brasil, aumentar. Nesse contexto é preciso entender as raízes da violência e a cultura de lixamentos para resolução de tal problemática   De início, é sabido que, desde o Período Colonial,o Brasil foi colonizado de forma violenta. Entende-se isso porque a tomada do território brasileiro foi veemente, com grande mão de obra escrava e, ao longo da história, a nação esteve entre guerras, revoltas, golpes e afins. Dessa forma, essas raízes na sociedade deixam mais difícil a resolução de tal problemática, uma vez que com a visão eurocêntrica , as minorias são marginalizadas e sem expectativa de uma vida melhor, a violência se alastra. Basta ver que, quando o Família Real chegou ao Rio de Janeiro, os moradores locais foram obrigados à migrarem para outros setores da cidade e, assim, sugiram, então, as favelas - lugar em que mais é encontrado mortes e violências.   Além disso, muitas vezes, o sentimento de impunidade gera uma cultura de lixamentos. Isso porque ,como dito por Arendt, a percepção distanciada é capaz de normatizar os atos de violência, sejam eles, físicos ou psíquicos. Assim sendo, com o policiamento, justiça e ouvidorias, muitas vezes, demoradas e falhas, a sociedade desenvolveu o senso de que "bandido bom é bandido morto" e com as próprias mãos agridem e , não raro, algumas vezes, chegam até a matar o indivíduo.Fotografia social disso são os casos de meninos que roubam e é lixado e morto pela comunidado, colocando de lado os Direitos Humanos o qual alega a igualdade de todos e , sobretudo, o direito à vida .   Posto isso far-se-á necessário que medidas protetivas sejam tomadas. Primeiro, é preciso que o Estado e ONGs promovam formas de desenvolver uma nação mais igualitária. Isso por meio de uma educação de qualidade, cursos profissionalizantes para comunidades mais carentes e campanhas acerca da igualdade entre todos afim de que a cultura colonial fique no passado. Com isso, gradativamente, as raízes profundas morrerão e haverá menos violência. Ademais, é imprescindível que as escolas, desde a fase pueril , crie mecanismos de aceitação do outro, por exemplo, debates e aulas praticas de respeito e direitos humanos. Destarte, a banalidade do mal entrará em crise no Brasil , pois, a sociedade estará com uma visão crítica acerca dos problemas sociais.