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Enviada em: 02/04/2019

Numa sociedade vetusta, estabelecia o Estado Franco na Idade Média. Nesse viés, diversas problemáticas foram vivenciadas, sobretudo, nas cidades. Em virtude da grande brutalidade ocorrida nos centros citadinos, a solução encontrada pela população foi o feudalismo com a proteção dos exércitos e muralhas do senhor feudal. Persistindo atemporalmente, nota-se que a violência urbana é uma problemática hodierna. Nesse sentido, é importante salientar entre os elementos que contribuem para solidificar este quadro tem-se a desigualdade social, bem como a falha do Estado em investir em fatores preventivos.  A priori, é evidente a maior criminalidade em áreas periféricas devido à ineficaz assistência governamental e políticas de controle e policiamento. Comumente, a população de morros e complexos afastados, torna-se sujeita às organizações paramilitares, a exemplo das milícias, como forma de proteção que, posteriormente, será um agente de agressão para com os civis. Por conseguinte, assertiva de Pierre Bordieu, apresentada como violência simbólica, afirma que a violação dos Diretos Humanos não está somente no embate físico, mas em atos que atentam contra um grupo social. Desse modo, é notável que as pessoas com poder aquisitivo menor, diversas vezes, vivem acoadas pelo ambiente hostil e opressão imposta por grupos criminosos regionais.  Sob outro ângulo, a ausência de investimentos em educação, moradia e empregos está diretamente ligada com a perpetuação da hostilidade nas cidades. Nesse sentido, a música "They don´t care about us" (eles não ligam pra gente), de Michael Jackson, faz diversas críticas sociais. Gravada no subúrbio baiano em 1996, tornou-se um hino contra as injustiças sociais e descaso governamental, sobretudo, com a escória da sociedade. Logo, é notável a necessidade de investimentos em diversos setores sociais, tendo em vista que em um ambiente seguro e com oportunidades educacionais e trabalhistas, o índice de crimes é reduzido.  Destarte, mediante ao hodierno cenário mundial a violência urbana é um problema em voga na sociedade, evidenciando a necessidade de mudanças. Para tanto, é dever do Estado, por meio do Poder Executivo e Judiciário, assegurar o controle das áreas periféricas com a ampliação de postos policiais e delegacias nas regiões mais afetadas pela criminalidade, a fim de garantir os direitos constitucionais. Outrossim, é fundamental um maior investimento no setor educacional e laboral, por intermédio do Ministério da Educação e do Trabalho, como medida cautelar. Ademais, assim como em épocas medievais, os feudos modernos serão estabelecidos e a almejada segurança conquistada.