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Enviada em: 15/04/2019

Em meados do século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig, encantado com o potencial do território brasileiro, escreveu o livro "Brasil: um país no futuro". Entretanto, hodiernamente, ao analisar que a violência urbana persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, é notório que a profecia não saiu do papel, seja pela negligência governamental, seja pela lenta mudança da mentalidade social.        Segundo Aristóteles, em "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos. No entanto, esse conceito encontra-se deturpado, visto que a falta de fiscalização nos ambientes públicos colaboram para o aumento no índice de mortes violentas no país, chegando a 10% do total óbitos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Assim, o problema tende a persistir e coloca em risco a vida da população brasileira.        Outrossim, esse fator é corroborado pela falha nos fatores preventivos, onde a educação que deve ser aprendida no convívio social é negligenciada pela comunidade. Tal problemática é intensificada pela constante demonstração de combater o mal com a violência, em cenários com os de super-heróis. Portanto, uma mudança nos valores da sociedade é essencial para a resolução do impasse gerado pela brutalidade urbana.        Dado o exposto, urge a necessidade da resolução da questão. A princípio, cabe ao Governo criar postos de denúncia online, com o intuito de fornecer um maior contato entre a polícia e a vítima, a fim de tornar mais confortável o ato de denunciar. Paralelamente, cabe às Organizações Não-Governamentais distribuírem cartilhas que conscientizem a população acerca dos perigos que a violência gera, além de informar sobre os índices do problema no país, com o objetivo de humanizar as relações pessoais, além de sensibilizar a população a ajudar a resolver o obstáculo. Desse modo, será possível que a profecia de Zweig torne-se realidade no presente.