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Enviada em: 03/05/2019

Durante a antiguidade clássica, o Coliseu romano, considerado um centro de entretenimento, era conhecido por seus espetáculos sangrentos e extremamente violentos. Analogamente, no Brasil contemporâneo, a violência urbana é tão intensa que tornou-se, de forma paradoxal, normal no cotiano. Essa realidade se propaga, principalmente, devido à larga desigualdade social e à ineficiência das políticas de prevenção e combate nos centros urbanos brasileiros.          Convém ressaltar, a princípio, a desigualdade social como uma das principais impulsionadoras dessa situação. Nesse sentido, como consequência do êxodo rural acelerado, no fim do século XX, houve um grande inchaço urbano pelo qual as cidades não estavam preparadas e, por isso, não houve a garantia de saúde, educação e segurança para toda a população. Dessa forma, os grupos mais pobres foram marginalizados e postos nas periferias das cidades, encontrando no crime, na violência e no tráfico a esperança de melhoria de vida que o estado não proporcionou.            Ademais, é importante destacar que as tentativas de combater a tais levantes violentos são falhas. Em primeiro plano, não há um investimento significativo do Estado no incentivo à educação e à formação para mercado de trabalho. Por outro lado, os governantes preferem investir em políticas falhas de combate que são, muitas vezes, violentas e só intensificam o problema. Como produto disso, cria-se um ciclo no qual os direitos previstos na Carta Magna do Brasil não são garantidos e diversos indivíduos, historicamente excluídos, viram vítimas da violência e sequer aparecer nos jornais e nas estatísticas do país.               Compreende-se, portanto, a necessidade de medidas para atenuar a violência urbana no Brasil. Logo, cabe ao Ministério da Educação e ao do Trabalho, em parceria com as prefeituras, elaborar programas sociais mais amplos nas comunidades, a fim de oferecer maior oportunidade em postos de trabalho, saúde, educação e segurança, por meio da destinação e na fiscalização intensa das verbas, para que os indivíduos consigam enxergar que existe esperança além do tráfico, da criminalidade e da violência e que o Estado valoriza a vida de cada um, independente da sua cor e da sua condição financeira. Assim, o Brasil construirá, gradativamente, uma sociedade mais justa e, consequentemente, mais segura e com menos violência.