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Enviada em: 10/05/2019

Para o sociólogo francês, Émile Durkheim: "o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que dependem". Contudo, o Brasil não efetivou esse pensamento, posto que trata com descaso a educação e suas atenções no combate à pobreza são ineficientes. Tal combinação é perfeita para fomentar a violência urbana no Brasil. Nesse sentido, convém analisar as principais consequências dessa postura negligente para a sociedade.       É indubitável que existam outros fatores contribuintes para o aumento dessa cólera nos centros dessa Nação. No entanto, a falta de investimento de modo veemente no sistema educacional é um dos fatores mais importantes que favorecem o aumento do índice da violência nas regiões urbanizadas desse país. O resultado da falta de comprometimento com o sistema educacional público desdobra-se em estruturas físicas colapsadas das escolas, falta e por vezes deficiência no quado de profissionais da área administrativa e professores. Diante disso, o antropólogo Darcy Ribeiro, em  um evento realizado no ano de 1982 em Minas Gerais, já fazia uma projeção dessa Nação na seguinte frase célebre: " se os governantes não investirem em educação, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios".       Outrossim, destaca-se também como "catalisador" desse problema a ineficiência de políticas públicas voltadas para redução da pobreza, os jovens das comunidades carentes, onde o Estado é ausente, são aliciados pelas facções para "trabalharem" no sistema criminoso, exercendo funções como "aviõezinhos" e até podendo chegar a gerência de uma "boca" de fumo. Além disso, os investimentos na infraestrutura das cidades não acompanhou a grande quantidades de pessoas que chegaram, gerando com isso sérios problemas sociais, inclusive no aumento da violência urbana brasileira. Só para se ter uma noção, segundo o  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 30 homicídios por 100 habitantes.       É evidente, portanto, a necessidade de uma ação interventiva urgente do Ministério público na cobrança do cumprimento da Lei do piso salarial dos professores aos estados que ainda não cumprem, criando para isso ouvidoria específica, afim de atrair os melhores profissionais das licenciaturas para essa área. Além do mais, é imprescindível que o MEC destine uma parte dos recursos para melhorar a infraestrutura das escolas homologando o Custo-aluno-qualidade inicial (CAQi), e garantindo uma melhor padrão no ensino público. Ademais, cabe aos Estados construírem áreas de lazer nas comunidades carentes, através dos repasses feitos pelo governo federal, com o objetivo de tirar o adolescente do ócio. Assim, será possível minimizar essa violência desenfreada nas áreas urbanas.