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Enviada em: 11/05/2019

É fato que as condições de vida da população urbana brasileira não são homogêneas.Essa premissa fundamenta-se, principalmente,no rápido e desorganizado processo de urbanização pelo qual o Brasil vem passado nos últimos séculos.Nesse contexto,nossa nação enfrenta problemas no que concerne à propagação da violência no ambiente citadino, problema causado pela postura negligente do Estado diante da desigualdade enraizada no meio social.Diante disso,é pertinente analisar a situação com maior cuidado a fim de remediar suas consequências.      Em primeiro lugar, cabe citar a Constituição Federal de 1988, segundo a qual todo cidadão brasileiro tem direito à saúde, educação e moradia garantidos por lei.Não obstante, percebe-se com facilidade que nem todos os indivíduos gozam de tais direitos, visto que as populações periféricas - por exemplo-, estão sujeitas ao ensino público de qualidade ruim e hospitais do Sistema Único de Saúde superlotados.Por conseguinte, essas pessoas podem acabar por ver o mundo da criminalidade como forma de amenizar a situação na qual se encontram, o que propicia a manutenção da violência na urbe.Por fim, é mister que a conjuntura estatal aja de modo a liquidar essa disparidade social.       Ademais, vale ressaltar que, de acordo com Max Weber, o Estado é a única instituição que detém o monopólio do uso da força.A partir de tal premissa,a violência quando praticada pelo cidadão subverte o princípio que mantém a ordem e cria uma situação de caos, posto que retira a soberania federal.No ambiente urbano, tal desordem é explícita: de acordo com dados do IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada- mais da metade dos óbitos nacionais recaem sobre a população jovem, estatística preocupante para o viés econômico,pois a reposição de mão de obra no mercado é feita por essa faixa etária. Portanto, é importante reverter essa situação para evitar problemas maiores.     Diante do elencado,é notória a necessidade de intervir na realidade discutida.Para isso, o Ministério do Desenvolvimento Social precisa aumentar a acessibilidade da população carente aos setores da saúde e educação. Isso pode ser feito por meio da construção de mais hospitais e da disponibilização de material didático de qualidade, financiado pela verba arrecadada pela tributação. Além disso, os professores da rede pública podem ser contemplados com cursos virtuais gratuitos que ampliem seus conhecimentos a fim de melhorar a qualidade do ensino oferecido. Com essas medidas, a heterogeneidade social poderá ser remediada e a violência não será vista como uma opção para resolver a defasagem criada ao longo da história.