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Enviada em: 22/05/2019

Em 1822, após um longo período, o Brasil finalmente obteve a sua soberania. Contudo,ela não veio acompanhada de grandes transformações sociais, culminando em demandas na atualidade.Nesse sentido,a atual crise de violência urbana aponta para essas heranças estruturais,que são acentuadas por lacunas administrativas e impedem a consolidação de medias efetivas.    Em primeiro lugar,a desigualdade é fator que sustenta esse problema.Um processo iniciado no crescimento urbano desordenado desenvolve-se mediante o descaso com a população.Isso porque, a disparidade social resulta em inchaço nas periferias,sem os serviços públicos adequados, como escolas e centros recreativos,gerando criminalidade e condições para a formação de quadrilhas que controlam o tráfico de drogas e armas.Consequentemente, de acordo com o Mapa da Desigualdade, o índice criminal em bairros carentes é cerca de 40% maior do que nos mais desenvolvidos,o que evidencia a falha no âmbito administrativo.    Ademais,a escolaridade interfere nas taxas de violência.Segundo o Ministério Público,a chance de uma pessoa com até sete anos de estudo sofrer homicídio é 16 vezes maior do que a de quem cursou o ensino superior. Tal fato evidencia a necessidade da educação servir como meio de transformação, uma vez que além de servir como espaço educativo, é capaz de distanciar a população de ambientes que induzem ao crime.Assim, desconstruir esse círculo caótico viabiliza a construção de uma sociedade equalizada.    Em suma,demandas sociais e históricas nutrem o quadro de violência nacional.Logo,é salutar a atuação,em primeiro lugar, do Estado, que deve servir,de fato,como um sistema de proteção e amparo,ao estruturar delegacias,policiais,penitenciárias e ambientes de ressocialização.Além disso,as escolas devem promover debates e palestras sobre o tema,bem como conscientizar o indivíduo ao afastá-lo de ambientes propícios ao crime,tornando possível,assim, conquistar um país mais equilibrado.