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Enviada em: 31/05/2019

Thomas Hobbes em sua obra ''O Leviatã'' diz que o homem em seu estado de natureza vive em constantes conflitos e somente alcançará um estado de harmonia quando renunciar da liberdade e passar a ser governado. Todavia, nos dias atuais, apesar do homem abdicar da autonomia, a violência continua presente. Nesse bojo, causada pelo crescimento desordenado das cidades ou pela ineficiência estatal, a criminalidade é cada vez mais recorrente no cotidiano brasileiro.      Em princípio, destaca-se que o desenvolvimento das cidades brasileiras não ocorreu de forma planejada. No século XX, o crescimento industrial no Brasil provocou uma migração em massa da população rural para os centros urbanos em busca de uma vida melhor. No entanto, a infraestrutura das cidades não acompanhou o crescimento populacional, acarretando em indivíduos marginalizados. Estes, sem oportunidades, agruparam-se em bairros periféricos que, pouco contemplados pela segurança pública, são foco de violência. Logo, é notório como o crescimento desorganizado das cidades do Brasil promoveu a criminalidade urbana atual.       Outrossim, evidencia-se a negligência do Estado como impulsionadora do problema. Afinal, de acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Conquanto, no Brasil, é perceptível que a falta de políticas públicas eficientes para combater o tráfico de drogas, propulsionador da criminalidade, e para adequar os presídios, responsáveis pela reintegração do indivíduo à sociedade, rompe essa harmonia. Assim, a má administração funciona como forte base dessa problemática social.        Infere-se, portanto, que a violência no Brasil é fruto das fracas políticas aplicadas no país. A fim de atenuar o problema, o Estado deve implementar novos programas sociais, principalmente nas áreas que mais necessitam, além de investir na educação já que, segundo Kant, ''o homem é aquilo que a educação faz dele''. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, esse fato social será minimizado no país.