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Enviada em: 26/05/2019

A história da Roma Antiga é marcada pelas batalhas no coliseu, no qual a violência era retratada como forma de entretenimento e espetáculo para a população romana. Entretanto, na hodiernidade, o pensamento romano está presente na violência urbana no Brasil, a qual tende a se expandir devido à banalização midiática, desigualdade racial e o descaso governamental. Com efeito, evidencia-se a necessidade de promover medidas preventivas aos problemas relacionados à violência urbana no Brasil.   A priori, é imperioso destacar que a banalização da violência pelos meios de comunicação dificulta a resolução da problemática. Isso porque, jornais e noticiários exibem casos de violência, como os homicídios, de forma exorbitante, tornando a população alienada e conformada com os absurdos cometidos pela violência. Dessa forma, além da banalização midiática, segundo dados do Atlas da Violência, no Brasil 71,5% das pessoas assassinadas são negras ou pardas. Então, vale discutir a majoritária participação da mídia e a desigualdade racial, as quais aumentam a dimensão do impasse.  Nesse contexto, é imperativo pontuar que os casos de violência urbana no Brasil derivam ainda da baixa atuação governamental e da inobservância do Estado. Sob tal ótica, o sociólogo Polonês Zygmunt Bauman criou o conceito de "Instituição Zumbi", no qual defende que algumas instituições deixaram de exercer sua função, incluindo o Estado. Por conseguinte, a insuficiência de políticas públicas com o intuito de amenizar o quadro atual da violência urbana, resulta em um índice elevado de mortes nas principais cidades do Brasil.  Portanto, é mister que o Estado tome providências para a amenização do quadro atual. Posto isso, concerne ao Estado, com o auxílio do Ministério da Educação (MEC) para a diminuição do problema, promover recursos para as comunidades pobres, as quais são as mais afetadas pela violência urbana e o crime organizado, por meio de investimentos educacionais e psicopedagógicos. Outrossim, ampliar oportunidades de empregos para por fim na visão determinista e da desigualdade racial de negros e pobres. Somente assim, será possível mudar o quadro atual e romper com o pensamento romano presente.