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Enviada em: 31/05/2019

A Constituição Federal de 1988 - documento de maior importância no sistema jurídico brasileiro - assegura a todos o direito à vida. Entretanto os dados apresentados pelo Atlas da Violência de 2018 vêm a complementar e atualizar o cenário de desigualdade racial em termos de violência urbana e letal no Brasil. Um exemplo de violência é em relação a cor da pele, que atinge um índice de homicídio para negros 2,7 vezes maior que de um jovem branco.   Também sobre a violência contra jovens negros, o Anuário Brasileiro de Segurança Publica analisou 5.896 boletins de ocorrência de mortes decorrentes de intervenções policiais entre 2015 e 2016. Nesse registro, 76,2% das vitimas são negros. Portanto, há um índice de criminalidade alto contra negros, pelos oficiais que deveriam proteger a vida das vitimas, porem apenas contribuem para aumentar a porcentagem de mortos pelos policiais.   Conforme estatísticas, a desigualdade racial no Brasil se expressa de modo cristalino no que se refere à violência. Os negros são os mais afetados por crimes - principalmente os homicídios - . Em sua maioria, os negros são os mais afetados pelo desenvolvimento urbano, marcado pela violência.   Partindo-se desse pressuposto, infere-se que, para reduzir a violência, principalmente contra negros, é necessário que esses dados sejam levados em consideração e alvo de profunda reflexão pelos governantes. Assim, politicas eficientes de prevenção da violência devem ser desenhadas e focalizadas, garantindo o direito à vida e a segurança da população.