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Enviada em: 29/05/2019

A violência urbana é um dos problemas sociais mais generalizados do Brasil. Essa situação, já corriqueira, faz com que o cidadão se acostume com um cenário de pouca perspectiva, bem como esse tipo de incidente se propaga por conta da desigualdade social e do enfrentamento equivocado pelo Estado.     Sobretudo, o Êxodo Rual, ocorrido na segunda metade do século XX proporcionou o inchamento das cidades, a infraestrutura porém, não acompanhou tamanho crescimento - não produziu progresso suficiente na educação, saúde e emprego. Dessa forma houve o surgimento das periferias, locais onde o estado não chegara com os seus serviços, criando espaço para um " Estado Paralelo"  de leis próprias, proveniente de atividades ilícitas como o tráfico de drogas e de armas, os roubos de cargas e os homicídios.        Outrossim, em sua tentativa de colocar freio a esse caos social, o Estado brasileiro, aposta na repressão policial. Sendo assim, o resultado é um aumento nos números de mortes, como mostra o Jornal o Globo: aumento de 37% após intervenções policiais, além de fuga de criminosos para outros estados, paralelamente um aumento no número de crimes como sequestros, homicídios e atentados a instituições financeiras nesses locais, a exemplo desse último, que sobe mais de 50% por ano, especialmente no Nordeste do país. O resultado é um cenário nacional de violência urbana, baixa qualidade de vida, e sensação de insegurança.         Portanto, o Governo Federal deve concentrar esforços nos seus programas sociais às áreas afetadas pela criminalidade, levando emprego e educação, destinando as secretarias municipais de ação social para acompanhar as situações de empregabilidade e permanência escolar. Além disso, o Ministério da Justiça deve investir em setores de inteligência policial, através da repressão ao aporte financeiro do crime organizado com combate a lavagem de dinheiro, sem capital, sem expansão. Dessa forma serão diminuídas as disparidades sociais e o avanço da fronteira do crime.