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Enviada em: 05/06/2019

A violência acompanha o homem desde os tempos tribais, seja na conquista de outros territórios ou apenas para mostrar a sua força. A sociedade avançou em termos tecnológicos e tornou-se mais complexa. Assim, ao construirmos as cidades novos fatores surgiram. No Brasil, vivemos em uma sociedade de mais de duzentos milhões de habitantes, com uma sensação de insegurança e perdendo jovens ano após ano. Nesse contexto, podemos dizer que a gritante desigualdade social no nosso país bem como a falta de estrutura penitenciária reforçam esse ambiente violento.  Primeiramente, observa-se, no país, um alto numero de desemprego, o qual contribui para o problema da desigualdade social. Segundo as estatísticas oficiais, a falta de emprego atinge principalmente os jovens com baixa qualificação acadêmica. Esses jovens que vivem, em sua maioria, em regiões periféricas, as quais são alijadas da prestação de grande parte dos serviços públicos. Nesse contexto, o mundo do crime torna-se um atrativo, pois este oferece oportunidades, as quais o Estado, muitas vezes, é incapaz de ofertar. Assim, jovens que não receberam oportunidades educacionais e de emprego acabam se deslocando para o crime organizado onde podem receber atrativos, como dinheiro e status. Como consequência, esse individuo, o qual não recebeu a atenção estatal necessária, acaba sendo preso e levado para um ambiente, muitas vezes, ainda pior. Como já discutido por Michel Foucalt, o sistema penitenciário deveria ser um lugar de reabilitação para que o sujeito pudesse se reenquadrar novamente na sociedade. Porém, devido a falta de estrutura, nosso sistema carcerário acaba por proporcionar um ambiente ainda mais violento. Deste modo, esses presos vivem em um ambiente propicio para se organizar dentro do crime. Hoje, a cadeia é como um submundo, onde o crime acontece diariamente, seja por meio do trafico de drogas ou por meio de assassinatos de detentos. Fernandinho Beira Mar, por exemplo, chefe do crime organizado, consegue atuar inclusive dentro da cadeia, pois existem frestas para a entrada de celulares bem como casos de corrupção, onde os próprios agentes penitenciários facilitam essas atividades. Portanto, enxergamos algumas lacunas que atrapalham a resolução do problema da violência urbana no Brasil. Nesse sentido, é preciso que o Poder Executivo e o Legislativo estimulem a economia por meio de politicas Keynesianas, investindo dinheiro na educação e na geração de empregos. Um bom exemplo é a construção de escolas em bairros periféricos, onde a construção civil ajuda a gerar empregos e o resultado deste trabalho são novas unidades físicas para colocar mais jovens na escola. Ademais, cabe também a esses Poderes aumentar o poder de reabilitação do sistema carcerário, combatendo o crime organizado e estimulando atividades laborais e educacionais para os internos.