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Enviada em: 13/06/2019

Segundo Platão "O importante não é viver, mas viver bem". Para o Filósofo a qualidade de vida é tão importante que ultrapassa a da própria existência. No entanto, no Brasil diversas pessoas têm sua qualidade de vida afetada por conta da violência urbana. Nessa perspectiva, a impunidade para quem comete crimes violentos atrelada à problemas morais, são fatores que inflam a violência no Estado brasileiro. Assim, hão de ser analisados tais fatores para que se possa mitigá-los de maneira eficaz.        A priori, o Brasil possui alarmante quadro de impunidade. Segundo o Ipea, em 2018 o número de homicídios foi superior a 60 mil, cerca de 30 vezes mais que a Europa durante o mesmo período. Somado a isso, estima-se que menos de 10% dos assassinatos são solucionados. Assim, fica nítido que indivíduos cometem crimes com a quase certeza que não serão punidos. Logo é substancial a alteração desse quadro de terror que assola milhões de brasileiros.         A posteriori, a sociedade brasileira vive também uma decadência moral. Tal fator pode ser explicado pelo pensamento de Bauman, em sua teoria de Modernidade líquida, onde o filósofo explica que as relações sociais contemporâneas se iniciam e terminam de forma instantânea, isso faz com que indivíduos percam respeito e empatia por seus semelhantes.        Diante do exposto, é mister que o Estado tome providências para reverter o quadro atual. Para que os índices de crimes violentos entrem em declínio, urge que o Ministério da justiça faça valer as punições descritas no código penal - que na maioria dos casos não são cumpridas- e medidas que visem o ressarcimento das vítimas, para que isso sirva de exemplo a quem vive à margem da Lei. Somente assim será possível combater a violência urbana e permitir que os indivíduos da sociedade brasileira busquem a máxima apontada por Platão.