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Enviada em: 21/06/2019

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade liquida" vivida no século XX. Assim sendo, o aumento da violência urbana na sociedade brasileira é reflexo dessa inconsistência, devido à negligência do Poder Público no seu combate e da perda dos valores morais pelo cidadão, que resulta num ambiente trágico.     Desse modo, o estado não cumpre o seu papel no combate à criminalidade e, assim, causa na sociedade um sentimento de injustiça, levando-a querer vingança. Devido a isso, o estigma do "bandido bom é bandido morto" vem crescendo no meio social. Como consequência disso a taxa violência sobe, assim como disse Jean Paul Sartre, filósofo francês, “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. Faz-se imprescindível, portanto, a dissolução dessa conjuntura.       Além disso, numa comunidade com redução dos valores morais a desvalorização da vida ganha grande escala. Nesse contexto, são corriqueiros casos de crueldade praticados por pessoas ditas "de bem", seja uma briga de trânsito que acabou em morte, ou uma discussão entre marido e mulher, ocasionando um feminicídio. Dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostram que, só na última década, 553 mil brasileiros perderam a vida por morte violenta. A priori, torna-se urgente a reversão desse quadro.      Dessarte, a partir da discussão empreendida fica nítida a necessidade de medidas que visem combater o crescimento da violência, causada pela fluidez nas relações em sociedade. Logo, o Estado, em função de ações conjuntas dos três poderes, deve agir em repressão a criminalidade, com a criação de leis mais duras, com investimento em segurança pública e educação, dando ao cidadão a certeza de justiça e o reavivamento dos valores éticos e morais, para que se evite casos de crueldade. Enfim, com início dessas ações, possamos caminhar em direção a um horizonte de paz.