Materiais:
Enviada em: 07/07/2019

As revistas em quadrinhos trazem heróis e vilões em suas histórias. Dessa forma, uma dinâmica de combate em que o herói usa da violência para acabar com o vilão. Sob essa ótica, o Estado enfrenta a questão da segurança pública. Contudo, a visão combativa contra a violência urbana e o alto índice de encarceramento não tem surtido efeito, em 2016 o número de homicídios no Brasil passou dos 60 mil no respectivo ano. Sabendo disso, é dever do Estado, em conjunto a organizações não governamentais "ONGs",  por meio da educação e projetos sociais de ressocialização, resolver essa problemática.   A princípio, é notório que toda ação governamental em relação a educação leva certo tempo até ser efetiva. Ou seja, induz o governante que tal ação fique em segundo plano quando o assunto é violência. Inegavelmente, a questão educacional é um empecilho para o aumento dos homicídios ou feminicídios no país, a mesma pode tirar o jovem do "mundo do crime" o qual entraria caso acesso a ela não tivesse. Nesse sentido, a falta de investimentos e técnicas novas de ensino em áreas mais pobres das cidades, as quais são as mais afetadas pela criminalidade, tem sido insuficientes. Logo, o Estado precisa estar mais presente nesses territórios e implementar a educação libertadora de Paulo Freire nas periferias, para que assim surja nessas comunidades cidadãos mais instruídos e livres intelectualmente os quais agirão em prol do bem comum.   Outrossim, os alto índice de encarceramento no Brasil é um fato que colabora com a alta no numero de mortos. Isto é, após ser preso o indivíduo acaba sendo recrutado para facções criminosas, por exemplo: Primeiro Comando da Capital "PCC". E com isso, os presídios acabam por não realizar um de seus deveres, a ressocialização. Sob esse aspecto, os Estados Unidos discute a validade da décima terceira emenda da constituição americana, pois, com ela o país americano passou a ter a maior população carcerária do mundo, sem ter uma efetiva redução na violência. Em suma, o encarceramento em massa não é um bom caminho acerca da resolução desse tema, além disso, a ressocialização é um caminho a ser seguido.   Diante do exposto, portanto, é claro que a violência urbana no Brasil é uma problemática crescente que precisa ser enfrentada. Com isso, é mister que o Estado tome providências para superar esse empecilho, urge que o Ministério da Educação faça da periferia seu foco em investimentos e infraestrutura e por meio da Base Comum Curricular "BBC" institua a educação libertadora nas escolas. Ademais, o Ministério da Justiça e Segurança Pública junto a ONGs faça da ressocialização um fator importante, por meio de seminários e cursos técnicos, assim, trazendo o cidadão privado de liberdade para o mercado de trabalho. Assim sendo, tornar-se-iam heróis, na linguagem dos quadrinhos "anti-heróis".