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Enviada em: 23/07/2019

É indiscutível que as revoluções sociais ocorridas a partir do século XVIII tal como a Revolução Francesa ou a Revolução Industrial levaram a humanidade a manter relações em uma sociedade cada vez mais complexa. Essa complexidade e os aglomerados urbanos surgidos após essas revoluções traz para a sociedade contemporânea diversos problemas urbanos. Isso é visivel principalmente em locais com grande quantidade de pessoas, como o Brasil. Um desses problemas é a violência urbana. A violência urbana tem feito parte do cotidiano da população brasileira e isso pode ser fruto do próprio estado de natureza do ser humano aliado às desigualdades sociais existentes.       Em primeiro lugar, vale ressaltar que a selvageria é inerente ao ser humano. De acordo com o filósofo Thomas Hobbes, o ser humano, em sua condição natural, vive de forma a garantir sua própria preservação. Nesse contexto, ao viver em uma sociedade complexa tal como a sociedade brasileira, indubitavelmente surgirão conflitos entre os indivíduos de uma população e, para garantir a própria preservação, as pessoas tornam-se violentas de modo a agir  como animais, tendo por fim a violência.       Aliado a isso, acentua-se as grandes desigualdades existentes. A falta de recursos e oportunidades para a população das regiões periféricas, composta em sua grande parte por pessoas negras, faz com que esses seres, por falta de perspectiva de vida e para garantir a própria preservação, sigam por caminhos que resultam no aumento da criminalidade dessas regiões. Isso é percebido nos índices de violência do Brasil, nos quais aproximadamente 70% das pessoas assassinadas são negras ou pardas, de acordo com o atlas da violência 2018. Isso resulta no aumento da sensação de insegurança  por boa parte da população, o que leva os cidadãos a ficar reclusos em suas casas por falta de segurança.       Diante do exposto, é perceptível  que a violência urbana é um mau que faz parte do cotidiano de boa parte da população brasileira. Sendo assim, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, cabe às ONGs a criação e incentivo a programas sociais, que em conjunto com o governo regional ou federal criará programas de cunho social de modo a promover a capacitação da população das regiões periféricas e permitir a entrada dessas pessoas no mercado de trabalho, por meio de cursos ou qualificações. Dessa forma, haverá a melhora da qualidade de vida dessa população. Isso diminuirá os efeitos negativos causados pelas diferenças sociais e, consequentemente, diminuirá a violência, garantindo uma melhora da sociedade brasileira.