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Enviada em: 30/07/2019

O filme “Tropa de Elite 2” retrata a cidade do Rio de Janeiro em um cenário fortemente tomado pela violência, no qual a população encontra dificuldades de inserção e sobrevivência. De maneira análoga, no Brasil, enfrenta-se a constante ação da criminalidade, elevando os índices de assassinatos e o sentimento de insegurança pública, devido à desigualdade social e à ausência de educação.    É relevante enfatizar, a princípio, que o surgimento do êxodo rural, no século XX, acelerou o processo de urbanização no país. No entanto, a infraestrutura das cidades não sustentava tanta movimentação de pessoas, proporcionando, assim, o aparecimento das zonas periféricas, que constitui as pessoas menos favorecidas economicamente. Dessa forma, com o distanciamento dos indivíduos das cidade, eles ficaram submetidos à ausência de segurança pública, emprego e educação, e consequentemente, focos para violência, como meio para sobrevivência.   Outrossim, destaca-se, ainda, a ausência de educação como impulsionador do problema. Isso ocorre devido à inexistência de ensino em territórios desfavorecidos, no qual os jovens estão relegados a entrar na criminalidade por não terem oportunidades para adentrar no mercado de trabalho para se sustentar. Não é à toa que cerca de 40% dos condenados por algum tipo de violência no Brasil não têm nem ensino fundamental completo, segundo o portal G1.   Infere-se, portanto, que a desigualdade social e a inexistência da educação em zonas periféricas influenciam para o aumento da criminalidade. Nesse sentido, o Governo Municipal, em parceria com o Federal, deve elaborar programas sociais mais amplos que invistam em levar postos de trabalho e instituições de saúde para as periferias. Ademais, o Ministério da Educação deve promover projetos educacionais (sobre a violência urbana) e criar bibliotecas para mitigar a escassez de ensino que existe nessas áreas.