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Enviada em: 22/05/2018

No livro "Utopia" de Thomas More, é retratada uma sociedade bem coesa, sem violência e desigualdades. Contrariando tal perspectiva literária, no Brasil, há uma forte desestabilização social, visto que, devido ao precário acesso aos serviços públicos pela população e à obsolescência policial, a violência urbana é eladíssima, provocando más consequências. Nesse sentido, é necessária a promoção de ações sociais, com o fito de amortizar o problema abordado.      Em primeiro plano, cabe pontuar que o escasso à educação, saúde e infraestrutura é um dos responsáveis pela exagerada violência nas cidades. Tal problemática teve início com a urbanização brasileira durante a industrialização do governo de Getúlio Vargas, a qual atraiu um grande contingente populacional para os centros urbanos. Entretanto, esse processo, em razão do mau planejamento estatal, não foi acompanhado pela oferta suficiente de serviços públicos para os cidadãos. Desse modo, muitas pessoas, principalmente negros e imigrantes, submeteram-se a realização de crimes como forma de sobrevivência, pois não possuíam oportunidades e perspectivas de ascensão social, gerando instabilidade e aumento da violência urbana.      Outrossim, a desestruturação das instituições policiais contribui para a proliferação da violência no municípios. Consoante ao pensamento do sociólogo Émile Durkheim de que a coesão e normalidade não são garantidas quando as instituições sociais não cumprem seus papéis, tal fator ocorre em função da falha atuação dos Executivos estaduais quanto ao investimento financeiro na capacitação dos policiais e na qualificação dos equipamentos usados por eles. Diante disso, a estrutura de combate policial torna-se obsoleta quando comparada à desenvolvida tecnologia das facções criminosas, dificultando a ação dos agentes da segurança e fomentando a impunidade e a violência, principalmente nas favelas.       É evidente, portanto, que a violência urbana precisa ser combatida no Brasil. Por isso, com o objetivo de proporcionar condições igualitárias de ascensão social para todos os cidadãos, cabe ao Poder Executivo potencializar a oferta dos serviços públicos. Dessa forma, por meio do aumento de capital cedido pela Receita Federal, os setores de educação, saúde e infraestrutura devem ser otimizados, principalmente nas regiões periféricas. Ademais, os Executivos estaduais devem reformular a política de segurança pública, proporcionando maiores investimentos financeiros em tecnologias de inteligência, equipamentos e treinamentos policiais, para que a violência e a criminalidade possam ser sanadas no Brasil.