Materiais:
Enviada em: 08/06/2018

Mediante o contexto sociopolítico vigente, emerge a necessidade de discussões acerca dos desafios da violência urbana na sociedade brasileira, bem como a unificação de esforços à sua plena resolução. Atualmente, mesmo com medidas públicas que visam combater essa problemática, é persistente, ainda, o número de casos de violência urbana no contexto brasileiro, tanto pela bagagem historiográfica da sociedade brasileira, quanto pela falta de empenho do Governo em expandir medidas eficientes.       Em primeiro plano, é válido enfatizar  que as raízes do Brasil nos revelam o quanto as mazelas atuais estão incrustadas na história do país. Nesse viés, é possível analisar o quanto o fato da fragmentação dos direitos entre classes sociais interfere no cenário do país, como ocorre nas favelas e outros bairros marginalizados nos dias de hoje, como também ocorreu no período após a abolição da escravidão, em que milhares de cidadãos à mercê da pobreza e da escassez de serviços públicos são postos em alta vulnerabilidade à violência urbana. Dessa forma, evidenciando o quanto a crise da segurança pública está marcada na genética brasileira.       Em segundo plano, é imprescindível destacar, o papel dos problemas sociais como o desemprego e analfabetismo, fatores principais do agravamento da violência urbana. Dostoiévski, em "Crime castigo", apresenta uma protagonista, que em meio a pobreza e desemprego se vê obrigada a roubar e matar para garantir sua sobrevivência na cidade grande. Em análise crítica, é possível perceber que esses fatores infelizmente fazem parte da realidade brasileira atual, considerando o pouco empenho governamental em ampliar ações que equiparem as camadas sociais para que a população pobre também possa usufruir de condições que inviabilizam a violência urbana. Assim, reafirmando a urgente necessidade de mobilização do Governo para o fim dessa problemática.       Por conseguinte, reverbera a indispensabilidade de medidas céleres pelo Governo com a implantação de escolas e centros culturais em locais onde existem altos índices de violência como as favelas, em favor da capacitação da população pobre e da juventude criminalizada. Paralelamente, é de suma importância, também pelo órgão público, a maior contratação da população de baixa renda e escolaridade em obras governamentais como também a criação de leis que incentivem fiscalmente grandes empresas que necessitam de mão de obra, em locais de vulnerabilidade para que se possa diminuir o número de desempregados no país. Assim, com essas medidas postas e prática, em sinergia, ter-se-á uma comunidade em harmonia e isenta de altos índices de violência urbana.