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Enviada em: 01/07/2018

Na Grécia Antiga, os períodos de competições esportivas eram marcados pela Paz Olímpica, acordo o qual direcionava a unidade coletiva a harmonia - livre da violência. Com efeito, a supracitada utopia não possui reflexo nos dias contemporâneos do Brasil, haja vista que as ações agressivas foram banalizadas e abrangem, direta e indiretamente, todo o corpo social, por isso, tal cenário ainda é um desafio a ser intervindo.    Em primeira análise, é mister a compreensão de que os atos de revanche com as próprias mãos cresceram exponencialmente em território nacional. Nesse sentido, o sociólogo Max Weber afirma que o uso legítimo da força deve ser restrito a atuação estatal, mas dentro de imposições. Contudo, o policiamento tornou-se escasso em muitas regiões brasileiras, o que permitem aos cidadãos a utilizaram-se da violência para realizar homicídios, assaltos e estupros. Além disso, as disparidades socioeconômicas do país agravam o mapa da mortalidade à medida que a disputa pela hierarquia social aumenta. Com isso, o ciclo violento continua multifacetado e contagioso.         Ademais, não há como negar que a violência instaurou uma cultura de medo na sociedade. Em decorrência disso, a autossegregação em condomínios fechados tornou-se apenas uma das alternativas, da classe média e alta, na busca por mais segurança. Por outro lado, a população periférica, por sua vez, é condicionada a ser passiva ou ativa da situação por encontrarem-se em meios de constantes e diferentes casos de impetuosidade. Nada disso, porém, seria tão prejudicial a pacificação do corpo social se os órgãos públicos trabalhassem em conjunto.    Fica clara, portanto, a necessidade de políticas que estabeleçam o fim da violência e de suas vertentes. Para tal objetivo, o Ministério da Segurança deve pressionar as prefeituras a intensificar o treinamento e a atuação policial, além de melhorar iluminação pública, para que a sensação de insegurança cesse. Em consonância, os indivíduos devem recorrer as instituições públicas para denunciar  contextos violentos, a fim de destruir o ideário de um país com desigualdades e revanchismo, para, um dia, ter a paz da Grécia Antiga.