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Cidade cidadã Conforme defende o documentário - Violência Urbana e Inocência Perdida - o mesmo retrata histórias de jovens que residem em favelas e bairros que são locais constantes da criminalidade urbana. Nesse contexto, as mais diversas violências presentes na esfera social são notórias, uma vez que, a opressão e o ferimento ao direito da segurança aos cidadãos, o qual a Constituição de 1988 defende, é preocupante. Diante disso, deve-se analisar como a desigualdade social e o crescimento desordenado geram a problemática em questão. É relevante enfatizar, a princípio, que a desigualdade social é o principal responsável por tamanhos índices de violência urbana no Brasil. Isso acontece porque, conforme defende o economista Roberto Campos, tudo o que se poder fazer é administrar as desigualdades, buscando igualar as oportunidades para todos independentemente da sua crença ou classe social. Assim, é comum, por exemplo, ainda encontrarmos dificuldades de acesso aos serviços básicos como a saúde, transporte público, educação, moradia e a distribuição de renda. Dessa forma, essas aglomerações de situações originam-se a partir da falta de condições de uma vida digna que faz com que as pessoas percorram caminhos ilegais e criminosos. De outra parte, o crescimento desordenado também é responsável pela problemática em questão. Isso acontece devido ao processo de êxodo rural, o qual a nova ocupação é direcionada para as cidades grandes que acarretou uma série de problemas, sendo que a violência é um dos mais sérios. Prova disso é que, em 1960, apenas 50% da população brasileira vivia nas cidades e em 2000, a população urbana chegou a 85%, de acordo com dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Logo, é preciso tratar a violência como um problema complexo e epidêmico. Evidencia-se, portanto, que a desigualdade social e o crescimento urbano são os fatores principais da violência urbana. Em razão disso, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) em parceria com os Direitos Humanos, deve criar oficinas, debates, programas e projetos nos bairros como uma subprefeitura, evidenciando-se um melhor atendimento de educação, saúde, esporte e de lazer, como também, uma programação artística. Além disso, a Comissão de Desenvolvimento Urbano juntamente com o Poder Público, deve realizar um planejamento na configuração urbana, da mesma forma, preencher os espaços nas áreas críticas, com forte presença física, não apenas erguendo obras, mas construindo políticas sociais e culturais de habitação. Assim, a violência urbana poderá ser combatida e teremos uma cidade cidadã com menos violência e mais igualdade.