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Enviada em: 10/07/2018

Durante a construção da história do Brasil, o país conviveu com a violência, seja na escravidão de índios e escravos, seja nas mortes de civis em conflitos armados. Após séculos, apesar de mudanças, a violência urbana ainda é uma realidade, haja vista a posição do país como um dos mais violentos. Com efeito, fazem-se necessárias reformulações em alguns setores.   É preciso considerar, antes de tudo, a negligência por parte do Estado na questão da violência urbana. Sob essa ótica, essa situação deve-se ao fato do governo priorizar medidas punitivas, ao invés de combater as causas desse problema, como as desigualdades sociais. Tal realidade, porém, contribui para a formação de gangues e do crime organizado, colocando a população em constante convívio com o medo. Nesse sentido, essa falha governamental não cumpre o ''Contrato Social'' proposto por John Locke, o qual revela que o Estado deve ter como princípio, o bem dos cidadãos.   Vale mencionar, ainda, que a violência urbana afeta mais a população jovem. Segundo análise realizada pelo ''Nexo Jornal'', mais da metade dos assassinados no Brasil são de jovens. Prova disso, foi a morte do estudante, Marcus Vinícius, em uma operação policial no Rio de Janeiro. Essa situação é intensificada pela crescente participação desse segmento social no tráfico de drogas, devido, principalmente, a sua evasão escolar. Dessa forma, essa problemática vai de encontro com a Constituição, por não garantir o direito à vida e à segurança.   Entende-se, portanto, as causas e os efeitos da violência urbana. Para atenuar esse problema, é fundamental uma ação conjunta, na qual o Governo será responsável por garantir a segurança, por meio de iniciativas que visem não só combater, mas prevenir a criminalidade, a fim de mitigar, de forma concreta, essa mazela social. Concomitantemente, cabe ao Ministério da Educação, investir em projetos, como esporte e bibliotecas em locais vulneráveis ao crime, no intuito de retirar os jovens do foco da violência e oferecer-lhes mais oportunidades, para um futuro mais seguro.