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Enviada em: 16/07/2018

Durante a construção da história do Brasil, o país conviveu com a violência, seja na escravidão de índios e negros, seja nas mortes de civis em conflitos armados. Após séculos, apesar de mudanças, a violência urbana ainda é uma realidade, haja vista a posição do país como um dos mais violentos. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro, para mitigar tal mazela social.   É preciso mencionar, antes de tudo, a negligência por parte do Estado na questão da violência urbana. Sob essa ótica, essa situação se deve ao fato do governo priorizar medidas punitivas, como a prisão, ao invés de combater as suas causas, a exemplo da evasão escolar. Tal realidade, porém, favorece a formação de gangues e do crime organizado, colocando a população em convívio com o medo. Nesse sentido, essa falha governamental não cumpre o ''Contrato social'' proposto por John Locke, o qual revela que o Estado deve ter como princípio, o bem comum.   Vale mencionar, ainda, que a violência urbana afeta mais a população jovem. Segundo análise realizada pelo ''Nexo Jornal'', mais da metade de assassinatos é de jovens. Prova disso, foi a morte do estudante, Marcos Vinícius, em uma operação policial no Rio de Janeiro. Essa situação é intensificada pela crescente participação desse grupo no tráfico de drogas, devido a evasão escolar, evidenciando a relevância da educação na construção social de tais indivíduos. Dessa forma, essa problemática vai de encontro com a Constituição, por não garantir o direito à segurança.    Entende-se, portanto, as causas e os efeitos da violência urbana. Para atenuar esse problema, é fundamental uma ação conjunta, na qual o Governo será responsável por garantir a segurança, por meio de políticas públicas que visem não só combater, mas também prevenir a criminalidade, a fim de mitigar essa mazela social. Ademais, cabe ao Ministério da Educação investir em projetos, como esporte e bibliotecas em locais vulneráveis ao crime, no intuito de retirar os jovens do foco da violência e oferecer-lhes mais oportunidades, para um futuro mais seguro.