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Enviada em: 23/08/2018

Ao contrário da visão positivista de Durkheim, Weber entende que os processos e fenômenos sociais são dinâmicos e mutáveis, os quais necessitam ser interpretados para que se extraia deles seu sentido. Nessa lógica, pode-se afirmar que violência urbana no Brasil exige uma discussão mais ampla sobre a falha socioestrutural que o problema representa.       A priori, pelo panorama social, é possível observar tal mazela partir do determinismo lamarckiano, tendo em vista o meio como influenciador do comportamento humano. Nesse sentido, ambientes com graves problemas sociais como miséria, desemprego e marginalização, associados à ineficiência das políticas públicas e de segurança, não raro, induzem o indivíduo a entrar na criminalidade para sobreviver. Por conseguinte, a violência  atinge estatísticas alarmantes e promove um coas urbano.       Sob outro ângulo, além de falhar nos fatores paliativos, é possível ainda avaliar a resiliência do problema na esfera estrutural. Nesse ínterim, o Estado falha na repressão ao crime organizado, haja vista que as polícias civil e militar no Brasil são mal remuneradas e conhecidas pela corrupção e truculência. Ademais, o sistema penitenciário, que deveria contribuir para a ressocialização dos infratores, tornou-se foco de mais violência, em presídios superlotados e insalubres, agravando o quadro da problemática.       Em face ao exposto, as falhas sociais e estruturais, portanto, precisam ser discutidas para sanar a violência urbana no país. Destarte, o Poder Executivo deveria fiscalizar melhor as políticas assistencialistas, a fim de beneficiar quem realmente necessita. Outrossim, os governos municipais e estaduais deveriam investir em oficinas profissionalizantes para possibilitar a inserção no mercado de trabalho, além de investir nas escolas, com quadras, computadores  e feiras afim de diminuir a evasão escolar, tirando  assim o individuo da marginalidade. Ademais, o governo federal deveria aumentar o salário de policiais, com bonificações de honra ao mérito para diminuir a corrupção, como também uma reforma no sistema penitenciário. Dessa maneira, a situação da violência pode começar a se transformar.