Materiais:
Enviada em: 07/09/2018

Assaltos. Sequestros. Homicídios. Cenas como essas, fazem parte do dia a dia da população brasileira, sobretudo a que reside em grandes centros. Dessa forma, o problema da crescente violência urbana no país é evidenciado. Nesse contexto, deve-se analisar como a ausência de políticas públicas e a desigualdade social contribuem para o problema e como resolvê-lo.     Primeiramente, deve-se observar como a omissão do Estado afeta a sociedade. Durante a segunda metade do século XX ocorreu no Brasil um intenso êxodo rural em função da industrialização do país. Em razão dessa macrocefalia urbana, o governo não conseguiu desenvolver políticas públicas de inclusão, qualidade de vida e segurança que abrangesse toda à população. Como consequência disso, a sociedade brasileira vive o que foi enunciado por Thomas Hobbes em seu contrato social, no qual a ausência do Estado estabeleceria uma guerra de todos contra todos, e essa só teria fim com o estabelecimento de um novo contrato social entre o Estado e os indivíduos.      Ademais, deve-se analisar como as acentuadas desigualdades sociais contribuem para o problema. De acordo com a carta magna brasileira de 1988, são assegurados por lei, direitos individuais, coletivos e sociais, como o direito à vida, à segurança e à educação a todos os cidadãos. Na prática, entretanto, essa equidade não é observada, o que gera revolta na população menos favorecida, pois eles sentem-se constantemente à margem da sociedade. Tal sentimento, leva alguns a cometer crimes como furtos e sequestros, para assim ganhar dinheiro e ascender socialmente. Dados divulgados pelo programa das nações unidas para o desenvolvimento (PNUD) ratificam o exposto acima, pois segundo eles, o Brasil tem a terceira maior taxa de roubo dentre os países da América Latina.     Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para resolver o problema acerca da violência. Para isso, é preciso que o Estado faça-se mais presente na sociedade. Primeiramente, o Ministério de segurança pública deve treinar e capacitar os policiais por meio de cursos preparatórios, e que os mesmos sejam melhor distribuídos dentro das cidades. Ademais, o Ministério da educação deve inserir cursos técnicos em comunidades carentes afim de qualificar os moradores desses locais para o mercado de trabalho. Por fim, o poder executivo, em todas as suas ramificações, deve buscar colocar em prática, sem exceções, os dizeres da constituição cidadã de 1988 para toda a população.  Assim, um novo contrato social , e com ele a paz, seriam estabelecidos no Brasil.